Governo de SP promete vacinação contra a covid-19 para janeiro

08/12/2020
Reuters Governo de São Paulo diz que fará parcerias com Estados e cidades para imunização de profissionais de saúde
Reuters Governo de São Paulo diz que fará parcerias com Estados e cidades para imunização de profissionais de saúde
O governo de São Paulo anunciou que dará início à vacinação contra a covid-19 em 25 de janeiro, embora a vacina que será usada ainda não tenha sua eficácia comprovada ou sido aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
 

O plano de vacinação paulista prevê que, na primeira fase, serão imunizados profissionais de saúde, pessoas com mais de 60 anos, indígenas e quilombolas. Isso implicará na vacinação de 18 milhões de pessoas.

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O governo paulista justificou a decisão ao apontar que 77% das mortes causadas pelo novo coronavírus no Estado ocorreram entres grupos.

A vacinação será gratuita e realizada por meio de 10 mil postos de vacinação, dos quais 4,8 mil serão novos locais, criados especialmente para campanha, com o uso provisório de escolas, quarteias e farmácias, por exemplo.

A vacinação envolverá a tomada de duas doses, com espaço de 21 dias entre elas, ocorrerá apenas pelo sistema público de saúde e não há previsão de aplicação na rede privada.

Doses para outros Estados

O governador João Doria disse que não será preciso comprovar a residência no Estado para ser vacinado.

"Todo e qualquer brasileiro que estiver em solo do Estado e pedir a vacina será vacinado", disse Doria.

Também serão disponibilizadas 4 milhões de doses para outros Estados que solicitarem para imunização de profissionais de saúde. O governo paulista que oito já fizeram isso, mas não informou quais.

As prefeituras de Curitiba e Rio de Janeiro também já estão em contato com o governo de São Paulo, informou Doria.

No entanto, ainda não foram concluídos os estudos sobre a eficácia da CoronaVac, que está sendo desenvolvida pelo Instituto Butantan, que é ligado ao governo de São Paulo, e a empresa chinesa Sinovac.

Não foi liberado também até o momento o registro do imunizante pela Anvisa nem sua autorização em regime de urgência.

Para isso, será necessário comprovar que, além de ser segura e gerar uma resposta do sistema imunológico, como demonstraram as duas primeiras fases de pesquisa, a CoronaVac realmente protege contra a covid-19.

Esse é o primeiro objetivo da chamada fase 3 dos estudos feitos com a vacina, ainda em andamento.

Por BBC News

 



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