Tite retruca 7 a 1 com lembrança da final de 2002

12/03/2018

 Quando o torcedor brasileiro pensa na Alemanha, adversário da Seleção, no próximo dia 27 de março, em Berlim, a lembrança é os 7 a 1, trauma provocado pela humilhante goleada sofrida pelo time nacional na semifinal do Mundial de 2014, no Mineirão, em Belo Horizonte.

No entanto, Tite acha que o resultado tem que ser encarado com grande naturalidade e levou no bom humor os nemes que foram criados na internet.

“Entendo e interpreto que se referem sobre o 7 a 1. É um fato real, tem que se acostumar a ele de forma natural. É uma outra etapa, um outro momento. Enquanto não tiver um novo jogo contra a Alemanha, vão continuar”, disse em entrevista coletiva após anunciar a convocação para os amistosos contra Rússia e Alemanha.

Para retrucar o que aconteceu no último Mundial, o comandante do Brasil não se esqueceu que a seleção canarinho foi pentacampeã em 2002 na Coreia do Sul e Japão, justamente jogando contra a Alemanha.

“Teve o 2 a 0 do Mundial que fomos campeões, até ali ficam batendo na bola rebatida do Oliver Kahn, o Ronaldinho faz o perde pressiona, o Rivaldo chuta, dá rebote e. sai o gol. É fundamental e importante para nós este enfrentamento pelo fato de a Alemanha ser forte”.

O treinador não teme os rivais e acha importante encarar grandes seleções para chegar bem preparada no Mundial.

“Vai aflorar todas essas situações que são emocionais, mas que são verdades. Temos que trabalhar em cima da verdade. Queremos desse jogo é uma preparação. Estamos nos preparando para a Copa e queremos nível de enfrentamento alto E vamos pegar a Rússia antes, o país sede. E queremos o último campeão. Queremos nos preparar para estar bem na Copa”.

Sem Neymar

"Vejo como fato real não ter o Neymar, vamos direcionar nosso trabalho. Foi muito feliz o pai do Neymar em dizer que a primeira preocupação é com a saúde do atleta. Não se paga o preço de vencer com a saúde de alguém. É um jogador diferente, é Top 3. Mas equipe forte se faz independentemente de nomes. Força de equipe é fundamental e temos que ter força para suplantar adversidades, como essa, mas projetando tê-lo para a Copa."

Opções

"Manter uma estrutura da equipe, com as funções que exercem nos clubes sejam exercidas na Seleção. O Douglas Costa jogou muito, dos dois lados da mesma forma, pode jogar na esquerda, onde teve seu maior momento no Bayern com o Guardiola. Numa função parecida com a do Neymar. Há a possibilidade do Coutinho vir por dentro, com o aproveitamento do Willian, que está num grande momento. Mas manter uma coerência em cima do que eles vêm desenvolvendo nos clubes."

Willian José

‘‘O objetivo é ter opções, jogadores de características diferentes, um pivô, mas tem mobilidade. Ele é alto, mas se movimenta e cabeceia muito. Tem números bons em campeonatos importantes. Assim como o Jô, ou algum outro no Brasil possa ter essa característica e te permita um acréscimo.

Não sei, mas vai me oportunizar ter um jogador com características diferentes. Se tu pega uma linha de cinco com uma de quatro à frente, em alguns momentos, com um balanço da bola, infiltra pelo lado para gerar cruzamentos, e aí precisa ter um grande cabeceador, de imposição. Criar essa possibilidade é um dos objetivos de Willian José, Jô, algum que possa estar num grande momento.

Novo trio

‘‘Vamos olhar para o outro lado? Willian, Douglas Costa, Firmino jogando muito. Uma equipe é forte por opções e concorrência. Pode assumir uma postura forte sem o seu maior jogador. É desumano colocar nas costas do Neymar toda a responsabilidade. Vamos pegar cada um a nossa parcela‘‘.
‘‘Se eu tivesse mais tempo, teria dado oportunidade a uma série de outros jogadores. O campeonato da Espanha, duas grandes temporadas do Willian José, crescimento, momento técnico, mas às vezes é uma diferença pequena que acaba definindo. Para cada um que eu escolher, vão ter outros que poderiam ter ganho oportunidade, como o Jonas (Benfica)‘‘.

Geromel

"Não conversei com a diretoria do Grêmio (sobre desfalques em jogos decisivo do Gaúchão). Temos que nos ater ao lado técnico, o que entendemos ser importante. Eu assisti treinamentos, a comissão técnica tem assistido diferentes jogos, atletas... A gente procura, dentro de quem nos abre, nos permite, uma aproximação maior. Mas seria antiético, não seria transparente, se não olhássemos o lado técnico. Geromel merece pela grande Libertadores e pelo grande Mundial. Ele, Luan, Arthur, que ficou três meses parado, Grohe, todos estão no nosso hall de observação. Mas seria injusto se eu não convocasse o Geromel, não ficaria bem comigo mesmo‘‘.

Seleções favoritas

‘‘Alemanha, Espanha, França, Brasil... para mim estão em um nível, teoricamente, nesse plano um pouco superior às demais seleções. Portugal, Argentina, por ter o melhor do mundo, e Bélgica por ter um número de atletas em alto nível.. Acho que as grandes seleções passam por ai, sem abrir mão de surpresas como a Croácia. Mas inicialmente essas que eu falei‘‘.

Brasil favorito

"Posso te responder isso no pré-jogo, com um tempo maior, fortalecido para o primeiro jogo, e crescer dentro da competição. Hoje qualquer situação é de ufanismo. Estamos apresentando um grande futebol, precisamos confirmar com variação tática, controle de minutagem, com atletas sadios. A carga de trabalho bem administrada para não estourar o atleta, que virá em fim de temporada. E crescer na competição. Assim ela vai se mostrar forte. Estamos fortes e queremos evoluir."

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