Queiroga diz que vacinação de crianças não é questão prioritária para a Saúde
11/11/2021
Ministro alega alto custo para imunizar parcela da população que não é gravemente afetada pela população. E que prioridade hoje é a segunda dose e a dose de reforço
Ele lembrou que, em que pese a Pfizer já ter iniciado esse tipo de imunização nos Estados Unidos, nada foi aprovado ainda pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ele destacou também que as crianças com essa idade não representam um problema epidemiológico tão grave.
“Quantas crianças estão morrendo em decorrência da Covid-19 ou enfrentam problemas graves como a síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica?”, questionou o ministro.
De acordo com Marcelo Queiroga, portanto, os custos de vacinar cerca de 20 milhões de crianças entre 5 e 11 anos não se justificam se considerado o baixo risco que sofre essa parcela da população. “Seriam mais de quarenta milhões de doses de vacina, a 14 dólares por dose”, explica, reforçando que, de acordo com ele, “o custo benefício” não se justifica.
Queiroga disse ainda que o Estado não tem o direito de tornar esse tipo de vacinação obrigatória, visto que essa decisão seria uma decisão dos pais das crianças decidirem se elas vão ou não ser vacinadas. E que, antes, precisa haver “uma ampla discussão para verificar primeiro se essas vacinas são efetivamente seguras”.
Para o ministro, a prioridade agora é avançar na vacinação de segunda dose e principalmente da dose de reforço em quem tem mais de 60 anos. E que, mesmo a pandemia ainda não tendo acabado, já há claros indícios de melhora na situação do país.
Natal sem máscaras
Mais cedo, o ministro Marcelo Queiroga disse que vai trabalhar para ter um "Natal sem máscara", se referindo aos itens de prevenção ao contágio pela Covid-19.
Para ele, dispensar o uso do equipamento de proteção individual pode ser possível devido ao avanço da vacinação no país.
“A população brasileira é esclarecida. A população brasileira tem buscando a campanha de vacinação [...]. E vamos trabalhar firmemente para ter um Natal sem máscara”, pontuou.
No entanto, o ministro não detalhou se a pretensão do governo federal é desobrigar o uso de máscaras nem deu detalhes de como a medida deve acontecer na prática.
G1 PB
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