Contudo, a proteção das vacinas oferecidas é um pouco menor contra a Ômicron em comparação com versões anteriores da Covid, mas a dose complementar ainda deve manter muitas pessoas fora do hospital.
Pesquisadores do Reino Unido analisaram o provável impacto que uma dose de reforço da vacina contra a Covid-19 terá na Ômicron, e dizem que ela pode fornecer cerca de 85% de proteção contra casos graves da doença.
Veja, abaixo, os estudos mais recentes sobre a variante.
Testes clínicos realizados pela Universidade Oxford, no Reino Unido, divulgados nesta quinta-feira, mostraram que a terceira dose da vacina AstraZeneca contra a Covid-19 aumentou significativamente a resposta imunológica à variante Ômicron em comparação com resultados de apenas duas doses.
Foi concluído que duas doses das vacinas contra Covid-19 de Oxford-AstraZeneca e da Pfizer-BioNTech induzem poucos anticorpos neutralizantes contra a Ômicron. A dose extra aumenta significativamente as concentrações de anticorpos.
As farmacêuticas Pfizer e BioNTech declararam no dia 7 de dezembro que duas doses da vacina podem não ser suficientes para proteger contra a infecção com a variante Ômicron, mas que três doses são capazes de neutralizar a nova cepa.
De acordo com os dados preliminares das empresas, uma terceira dose fornece um nível semelhante de anticorpos neutralizantes para a Ômicron ao observado após duas doses contra a cepa original ou as variantes anteriores.
Antes do surgimento da nova cepa, pesquisas apontaram que o imunizante foi capaz de reduzir o risco de internações em mais de 90%. A eficácia contra infecções em pessoas totalmente vacinadas ficou em torno de 33%.
Já um estudo da Discovery Health, em parceria com o Conselho de Pesquisa Médica da África do Sul (SAMRC, na sigla em inglês), divulgado no dia 14 de dezembro, apontou que duas doses da vacina Pfizer contra a Covid-19 tiveram 70% de eficácia contra hospitalizações em meio ao aumento de casos da variante Ômicron da África do Sul. A pesquisa não analisou os efeitos da dose de reforço.
Um estudo realizado em Hong Kong, também divulgado nesta quinta, indicou que três doses da vacina CoronaVac contra a Covid-19 não produzem níveis suficientes de anticorpos para combater a variante Ômicron.
No entanto, a análise revelou que a dose de reforço da Pfizer-BioNTech forneceu "níveis protetores" de anticorpos contra a Ômicron para quem tinha completado o esquema com a CoronaVac. Segundo os pesquisadores, três doses da Pfizer também são suficientes para atingir a proteção.
A pesquisa mais recente foi conduzida por pesquisadores da Universidade de Hong Kong e da Universidade Chinesa de Hong Kong, e financiado pelo Fundo de Pesquisa Médica e de Saúde e pelo Governo de Hong Kong.
Contudo, outro estudo conduzido na China, liderado pelo cientista Xiangxi Wang, pesquisador do Laboratório de Infecção e Imunidade do Instituto de Biofísica da Academia Chinesa de Ciências, analisou mais de 500 unidades de anticorpos neutralizantes obtidos após a aplicação da terceira dose da Coronavac e concluiu que o reforço produz anticorpos capazes de reconhecer a variante Ômicron.
— Cerca de um terço dos anticorpos apresentaram grande afinidade de ligação com a proteína Spike das cepas de preocupação, incluindo a Ômicron, que tem mais de 30 mutações — afirmou Wang em um comunicado do Instituto Butantan.
Os estudos da farmacêutica Janssen sobre a eficácia das vacinas contra a Ômicron ainda estão em andamento. A empresa informou que está fazendo análises em parceria com grupos de pesquisa da África do Sul, com amostras de soro de participantes obtidas em ensaios, sobre a dose de reforço.
Além disso, a Janssen informou que pretende buscar uma vacina específica para a Ômicron, que será desenvolvida, caso seja necessário.
A Moderna, farmacêutica americana que desenvolveu uma das vacinas contra a Covid-19 atualmente em uso nos Estados Unidos, mas não no Brasil, afirmou na segunda-feira que o imunizante
aumentou a proteção contra a variante Ômicron do coronavírus, segundo testes clínicos realizados pela companhia. A dose de reforço da vacina pode aumentar anticorpos contra Ômicron em 83 vezes.
A farmacêutica deve desenvolver uma vacina específica para a variante Ômicron, e espera avançar em testes clínicos no início de 2022.
A análise feita em Hong Kong revelou que a dose de reforço da Pfizer-BioNTech forneceu "níveis protetores" de anticorpos contra a Ômicron para quem tinha completado o esquema com a CoronaVac. Ou seja, quem está imunizado pela CoronaVac terá imunidade contra a Ômicron se tomar a dose de reforço da Pfizer, mas não apresentará a mesma resposta imunológica sem nenhum reforço ou com a terceira dose da mesma fabricante.
A cidade do Rio privilegiará a "mistura de vacinas", esquema conhecido por especialistas como vacinação heteróloga, na aplicação da terceira dose do imunizante contra a Covid-19. A medida visa a promover uma maior resposta imunológica do organismo, como sugerem estudos internacionais.
Ainda há poucas informações sobre a intercambialidade de vacinas em relação à Ômicron, mas em relação à forma original do vírus, ela tem se apresentado como uma alternativa positiva.
Conforme publicação da Universidade Oxford na revista Lancet, a combinação de uma dose de vacina anticovid da AstraZeneca ou da Pfizer com a 2ª dose do imunizante da Moderna ou da Novavax produz maior resposta imune do que se a 2ª dose for do mesmo imunizante para a forma original da Covid-19.
A proposta de vacinação heteróloga é promissora e vem sendo adotada como estratégia em países como o Canadá e alguns países europeus, como a Espanha. Pesquisadores concordam que a "mistura" de vacinas pode apresentar efeito positivo sinérgico na resposta imune, com reforço da resposta de células T de memória.
Por Agência O Globo
Barragem rompe e deixa cidade inundada após fortes chuvas na Paraíba
Emocionante! Mendigo dá exemplo de amor ao próximo
Em Bananeiras: touro invade campo e provoca correria em jogo do Paraibano Sub-15