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Crises e melancolia podem ser direcionadas para amenizar impacto com chegada do fim de ano

27/12/2022

Por mais difícil que todo esse processo seja, o fim de ano se revela como um agente de transformações e isso deve se manifestar em uma perspectiva positiva, revela psicóloga Renata Toscano

Parece o fim do mundo, mesmo sabendo que não é. Algo semelhante a essa sensação invade os pensamentos de quem é mais sensível ou que enfrenta algum. Com a chegada das festas de fim de ano a melancolia pode tomar conta. Por isso, o Portal ClickPB separou caminhos possíveis indicados pela psicóloga Renata Toscano para direcionar e não deixar a época se tornar um gatilho para os sofrimentos.

"O final, já está falando, é um final e, como todo final, existe a necessidade do fechamento de um ciclo. Essa época traz esse sentimento de melancolia, mas não é algo patológico, mas sim, de autoreflexão e autoanálise. As pessoas que costumam fazer isso ficam mais sensíveis, e isso é natural", analisou a especialista.

De acordo com a psicóloga, cada pessoa vive o momento de uma maneira própria.

"Muitas vezes, as pessoas esquecem dos seus objetivos, e não avaliam diariamente suas metas e como viabiliza-las. Isso pode gerar essa sensação de falha, ai chegando final do ano, a pessoa que vive no automático sente aquela frustração. Então, para que não haja essa melancolia relacionada ao fato você fez é se policiar e tentar se avaliar constantemente. O que você está fazendo em prol dos seus objetivos. Consequentemente vai conseguir deslanchar nos seus objetivos e amenizar essa sensação", disse.

Ainda assim, a tristeza nesse período é considerada normal. "Outro ponto a se destacar é que nem sempre passamos essas datas especiais com aquele parente que amamos devido o falecimento e isso gera memórias e lembranças. É uma época de muito contato devido às confraternizações e quem perde ou passa por uma situação difícil, sofre sim", reforçou.

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Mesmo sendo uma época difícil, Renata destaca que é possível gerenciar todos esses sentimentos como a saudade, o luto e a melancolia, "você não tem que fingir felicidade para ninguém. Você não pode negar suas emoções. As pessoas precisam respeitar as emoções dos outros. Emoções precisam ser acolhidas", reforçou alertando que existe a chance de criar outra perspectiva de lidar com a perda e essa redescoberta não necessariamente precisa ser solitária.

"A dica é de gerar uma outra conexão que independa de estar com alguém. Isso vai muito de pessoa para pessoa, mas a regra geral é de que ninguém deve colocar o peso de sua felicidade no outro", destacou.

Por mais difícil que todo esse processo seja, o fim de ano se revela como um agente de transformações e isso deve se manifestar em uma perspectiva positiva.

"Quem sofre de auto cobrança, uma dica é não se cobrar tanto, isso deve vir em doses mais leves ao longo do ano para não sentir o peso ao final do ano. Então é necessário ser solidário consigo mesmo e ressignificar essas emoções, dando-lhes um novo sentido", enfatizou.

Click PB