852 voluntários vão participar de testes de vacina chinesa contra a Covid-19, no Brasil

31/07/2020
Após receberem as doses, os voluntários ainda serão acompanhados durante um período que pode ultrapassar um ano. (Foto: Nicolas Asfouri/AFP)
Após receberem as doses, os voluntários ainda serão acompanhados durante um período que pode ultrapassar um ano. (Foto: Nicolas Asfouri/AFP)

Começa nesta sexta-feira, 31, a etapa de ensaios clínicos que atestará a segurança e a eficácia de uma vacina chinesa contra a covid-19. O estudo, do qual participarão 852 voluntários em Belo Horizonte, será conduzido pela UFMG em parceria com o Instituto Butantã. O anúncio foi feito na tarde desta quarta-feira, dia 29, pelo professor Mauro Teixeira, do Departamento de Bioquímica e Imunologia, do Instituto de Ciências Biológicas (ICB). Ele foi um dos participantes da primeira edição on-line do ciclo de conferências e seminários Tempos presentes, que repercutiu as contribuições das universidades brasileiras no desenvolvimento de imunizantes contra o novo coronavírus.

Mauro Teixeira, que coordena o acordo de parceria entre o Instituto Butantã e a UFMG, descreveu a participação da UFMG nas pesquisas da empresa farmacêutica chinesa SinoVac. De acordo com ele, o ensaio clínico é caracterizado como duplo cego (tanto os voluntários quanto os profissionais que administram as doses não sabem que se trata de medicamento ou placebo) e randomizado (a escolha de quem toma o placebo é feita ao acaso). Os testes para essa vacina são exclusivos, neste momento, para profissionais da área da saúde. 

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Além de atuar no Centro de Desenvolvimento de Fármacos do ICB, Mauro Teixeira também coordena o INCT -Dengue. “A infraestrutura da UFMG no campo das pesquisas em dengue e outros estudos possibilitou que estivéssemos hoje preparados, de certa forma, para os ensaios clínicos no contexto da covid-19”, afirmou.

Conforme salientou o professor, os voluntários não estão sendo, de fato, “vacinados”. “Ainda não existem vacinas, apenas candidatas. Após receberem as doses, eles ainda serão acompanhados durante um período que pode ultrapassar um ano. Há um conjunto de estudos prévios que sugerem que a vacina chinesa é segura e eficaz, mas o voluntário é apenas um ‘doador’ que se propõe a participar, sem a certeza de que a viabilidade do medicamento será comprovada”, explica. Veja a apresentação do professor Mauro Teixeira.

Bananeiras Online com Assessoria




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