Escola estadual de Bananeiras funciona sem energia elétrica desde março

27/05/2019

 “O transformador queimou e até hoje estamos estudando sem energia. Somos quase 500 alunos. Além do ginásio às ruínas, os funcionários vão em casa imprimir as atividades e estocar as merendas da escola”. A denúncia, publicada nas redes sociais através de vídeos, foi feita por um estudante da Escola Cidadã Integral José Rocha Sobrinho, localizada no município de Bananeiras, no Brejo da Paraíba.

Há quase três meses, os alunos da unidade precisam estudar no escuro. A escola está sem luz desde o mês de março, quando o transformador de energia parou de funcionar. Desde então, eles continuam tendo aula, mas em condições precárias, dependendo da luz natural que entra pelas janelas.

Além das aulas, a falta de energia prejudicou também o preparo da merenda na escola. Como as geladeiras e o freezer estão desligados, não é possível armazenar produtos perecíveis. Assim, os funcionários levam e guardam a comida nas suas casas.

O que dizem as autoridades

Portal Correio entrou em contato com a Secretaria de Educação do estado e com a Energisa, empresa responsável pelo sistema elétrico. A secretaria, através da assessoria, informou que, após o transformador queimar, foi providenciado outro para manter a energia na escola enquanto a Energisa não religava a rede, mas os alunos desmentem essa versão.

“Mandaram um poste e um transformador novo, mas ele não foi ligado. A escola continua sem energia. Cavaram um buraco e tapearam, porque nada foi feito”, denunciam em vídeo.

Energisa

A Energisa relatou que o transformador queimou porque a escola teria passado por uma reforma, que sobrecarregou o sistema elétrico. Por causa disso, o Governo do Estado chegou a procurar a empresa para ampliar a rede, mas só no dia 15 de maio, dois meses depois da pane. Após as solicitações, o projeto foi desenvolvido, com um prazo de 120 dias para conclusão, mas o governo não retornou para assinar os contratos.

“Toda a rede da escola terá que ser trocada. O projeto foi desenvolvido em cima disso, com um prazo de 120 dias, mas geralmente se conclui antes. Ele já foi aprovado pela Energisa, faltando apenas a assinatura do cliente, que, no caso, é o governo”, explicou a empresa.

A Energisa finalizou explicando que, após as assinaturas, a obra começará com urgência. “Quando o governo assinar os contratos, será realizada uma obra de conexão de rede para o Grupo A, que é a rede que alimenta clientes com carga mais alta. Tanto essa obra quanto a conclusão dela será realizado com urgência. Mas só podemos dar andamento a isso após a assinatura do representante do governo, que é o cliente solicitante”.

Após a versão da Energisa, o Portal Correio voltou a procurar a Secretaria de Educação, que informou que ia checar como está o trâmite para religar a rede elétrica, mas, até a publicação desta matéria, os esclarecimentos não foram além.

 

Portal Correio




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