Há quase três meses, os alunos da unidade precisam estudar no escuro. A escola está sem luz desde o mês de março, quando o transformador de energia parou de funcionar. Desde então, eles continuam tendo aula, mas em condições precárias, dependendo da luz natural que entra pelas janelas.
Além das aulas, a falta de energia prejudicou também o preparo da merenda na escola. Como as geladeiras e o freezer estão desligados, não é possível armazenar produtos perecíveis. Assim, os funcionários levam e guardam a comida nas suas casas.
O Portal Correio entrou em contato com a Secretaria de Educação do estado e com a Energisa, empresa responsável pelo sistema elétrico. A secretaria, através da assessoria, informou que, após o transformador queimar, foi providenciado outro para manter a energia na escola enquanto a Energisa não religava a rede, mas os alunos desmentem essa versão.
“Mandaram um poste e um transformador novo, mas ele não foi ligado. A escola continua sem energia. Cavaram um buraco e tapearam, porque nada foi feito”, denunciam em vídeo.
A Energisa relatou que o transformador queimou porque a escola teria passado por uma reforma, que sobrecarregou o sistema elétrico. Por causa disso, o Governo do Estado chegou a procurar a empresa para ampliar a rede, mas só no dia 15 de maio, dois meses depois da pane. Após as solicitações, o projeto foi desenvolvido, com um prazo de 120 dias para conclusão, mas o governo não retornou para assinar os contratos.
“Toda a rede da escola terá que ser trocada. O projeto foi desenvolvido em cima disso, com um prazo de 120 dias, mas geralmente se conclui antes. Ele já foi aprovado pela Energisa, faltando apenas a assinatura do cliente, que, no caso, é o governo”, explicou a empresa.
A Energisa finalizou explicando que, após as assinaturas, a obra começará com urgência. “Quando o governo assinar os contratos, será realizada uma obra de conexão de rede para o Grupo A, que é a rede que alimenta clientes com carga mais alta. Tanto essa obra quanto a conclusão dela será realizado com urgência. Mas só podemos dar andamento a isso após a assinatura do representante do governo, que é o cliente solicitante”.
Após a versão da Energisa, o Portal Correio voltou a procurar a Secretaria de Educação, que informou que ia checar como está o trâmite para religar a rede elétrica, mas, até a publicação desta matéria, os esclarecimentos não foram além.
Portal Correio
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