Ritmo da queda
Com o primeiro corte em um ano já precificado pelo mercado financeiro, o governo agora pressiona para que a taxa Selic seja reduzida em 0,5 ponto percentual, para 13,25% ao ano na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), não em apenas 0,25 ponto percentual, como estima a maioria dos analistas.
"Não é possível que o BC não comece a baixar a partir de agosto, e que o corte não seja de 0,5 ponto, porque 0,25 vai mostrar uma sinalização de que não vamos chegar a 12% até o fim do ano”, disse a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, na última quinta-feira (13).
Carlos Caixeta, economista e membro do IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa), avalia que a redução da Selic em agosto, provavelmente, será de 0,25 ponto percentual. Ele, no entanto, ressalta que o corte pode chegar a 0,5 ponto, a depender da influência dos novos diretores indicados pelo governo.
"A avaliação predominante foi de que a continuação do processo deflacionário em curso, com consequente impacto sobre as expectativas, pode permitir acumular a confiança necessária para iniciar um processo parcimonioso de inflexão na próxima reunião", ressalta o documento.
De acordo com as projeções mais recentes do mercado financeiro, apresentadas pelo Boletim Focus antes do anuncio da deflação de junho, a taxa Selic deve recuar a 13,5% ao ano no próximo mês. Após a primeira baixa, os analistas preveem recuos nos meses de setembro (0,5 ponto), novembro (0,5) e dezembro (0,5), movimento que, se confirmado, levará a Selic a 12% ao ano na entrada de 2024.
R7