Bebê perde parte do dedo após suposto erro médico em maternidade da Paraíba

28/10/2016

 Uma investigação policial está apurando um possível erro médico que causou a necrose e amputação de parte de um dedo da mão esquerda de um bebê de 15 dias de vida. A criança nasceu prematuramente no mês de agosto, na Maternidade Peregrino Filho, no município de Patos, Sertão paraibano, a 315 km de João Pessoa, e o dedo teria necrosado por um erro na aplicação de soro quando o bebê ainda estava na incubadora.

De acordo com o delegado seccional da Polícia Civil em Patos, Sylvio Rabello, os pais da criança relataram que ela nasceu prematura, mas sem problemas de formação. Incubado, o bebê precisou tomar soro na veia da mão esquerda até receber alta.

Em casa, os pais da criança notaram a piora do dedo e foram ao Hospital Universitário de Campina Grande. Lá, eles receberam orientação de buscar atendimento com um médico particular de Patos.

Na clínica em Patos, os pais do bebê foram avisados pelo médico sobre a necrose de parte do dedo e que a solução seria a amputação, realizada 15 dias após o nascimento da criança.

“Enquanto o soro era administrado, o dedo do bebê começou a escurecer e, ao que tudo indica, não houve o devido acompanhamento médico. Recebemos a denúncia e estamos com inquérito instaurado para descobrir o que aconteceu. Porém, já existem indícios de erro médico”, afirmou o delegado.

Ainda segundo o delegado, a polícia já ouviu familiares do bebê e servidores da maternidade e ainda vai colher depoimentos de servidores do HU de Campina Grande, do médico que realizou a amputação e do corpo médico que cuidou da criança na maternidade de Patos.

“Também encaminhamos o bebê ao IML para que fosse realizado um exame no dedo. Iremos esperar os laudos, que devem sair em 15 dias, para juntá-los ao inquérito e determinar o que motivou a necrose no dedo da criança”, concluiu o delegado Silvio Rabello.

Procurada pelo Portal Correio, a assessoria de comunicação da Maternidade Peregrino Filho informou que a direção da unidade de saúde só deverá se pronunciar sobre o caso nesta sexta-feira (27).

 

Portal Correio




Outras Not?cias