Mudança no Instagram movimenta rede social

19/07/2019

 A ocultação de likes iniciada, na quarta-feira (17), pelo Instagram causou grande impacto em seus usuários e de acordo com dados levantados pela Ativaweb, só no primeiro dia da nova ação, foram registrados 198.000 postagens sobre o tema.

A ocultação no Brasil já estava prevista desde maio deste ano.  Com a mudança, a rede social passou a remover o número de curtidas em fotos e visualizações de vídeos em feeds e perfis no país.

“Não queremos que as pessoas sintam que estão em uma competição dentro do Instagram e nossa expectativa é entender se uma mudança desse tipo poderia ajudar as pessoas a focar menos nas curtidas e mais em contar suas histórias”, destacou o comunicado disparado pelo Instagram.

Segundo Alek Maracajá, Ceo da Ativaweb, a mudança trará benefícios para a qualidade do conteúdo postado na rede e para a saúde mental de seus usuários.“Para as marcas, isso representa uma maior liberdade para se posicionar e criar um conteúdo cada vez mais relevante para seu público alvo, já para o usuário, um dos impactos mais sensíveis será na saúde mental”, afirma.

Entre as reações mais curiosas estavam as críticas aos influenciadores e blogueiros, muitas vezes conhecidos pela técnica de “comprar likes”,e os desabafos de perfis aliviados pela liberdade de criação que a nova proposta traz.

“Ao passo que as pessoas se sentirem realmente à vontade para criar publicações com o conteúdo que desejam, a possibilidade de construir diálogos mais construtivos e estreitar o relacionamento entre marcas – ou personalidades –  e seus seguidores ficará muito maior, refletindo muito mais quem realmente curte a marca na vida real”, explica Alek.

Saúde Mental

Em 2018, o afastamento do cantor e compositor Tiago Iorc das redes sociais ascendeu a discussão sobre a influência das redes sociais na vida de pessoas famosas e anônimas.

“Concluí que um descanso vai me fazer bem. Me ausentar dessa nossa vida ‘instagrâmica’, que nos consome, e me permitir viver sem calcular tanto, me descobrir em novos medos, voltar a ter certeza do que é improvável”, desabafou Iorc em sua carta de “despedida”.

Seu retorno em 2019 trouxe novidades, incluindo o lançamento do CD Reconstrução (maio 2019) eda música Desconstrução, que fala sobre uma menina que, sem perceber, mergulha nas redes sociais e na depressão, levando suas atitudes às ultimas consequências.

Segundo Alek Maracajá, especialista em analise e interpretação de dados web (BigData),embora ainda haja controvérsias sobre o real impacto dessa mudança na saúde mental dos usuários, o perigo de mensurar felicidade e aceitação a partir da quantidade de likes e seguidores é real.

“O caso de Iorc é apenas um dos exemplos de como as pessoas lidam com o excesso de exposição nas redes sociais e não há como nem porquê julgar seu afastamento, mas seu exemplo mostra que todos, independente da fama, estão expostos aos diversos tipos de impactos provocados pelas redes sociais”, finaliza.

MaisPB




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