Primeiras 120 mil doses da Coronavac chegam ao Brasil e aguardam liberação

21/11/2020
Apesar de já ter chegado ao país, vacina ainda não pode ser usada até a liberação da Anvisa. (Foto: Wang Zhao/AFP)
Apesar de já ter chegado ao país, vacina ainda não pode ser usada até a liberação da Anvisa. (Foto: Wang Zhao/AFP)
As primeiras doses da vacina Coronavac chegaram ao Brasil nesta quinta-feira (19/11). O imunizante é produzido pelo laboratório chinês Sinovac. As 120 mil doses chegaram de avião, no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, transportadas pela empresa Turkish Airlines.

 

A vacina ainda não pode ser utilizada até receber a liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Por enquanto, as doses ficarão armazenadas a uma temperatura de 8 graus negativos. No Brasil, o laboratório do Instituto Butantan é o parceiro da Sinovac para a produção em massa do imunizante - a ideia é produzir 46 milhões de doses até 2021. 

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A CoronaVac é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) uma das vacinas mais promissoras do mundo contra a covid-19. Os resultados clínicos do imunizante foram publicados na revista científica Lancet Infectious Diseases, na última terça-feira (17/11), e mostram que a vacina é segura e tem capacidade de produzir anticorpos no organismo, 28 dias após sua aplicação, em 97% dos casos.

A coronavac está em fase 3 de testes em diversas regiões do Brasil desde julho deste ano. As fases 1 e 2 reuniram 744 voluntários na China, com idades entre 18 e 59 anos.

Os dados mostram que as reações adversas foram leves e nenhum efeito adverso sério relacionado à vacina foi identificado. A reação mais comum foi dor no local da aplicação. A taxa de soroconversão entre os voluntários que receberam a vacina, ou seja, produção de anticorpos, ficou acima dos 90%.

O artigo científico apresenta dados que já eram de conhecimento do Instituto Butantan e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), uma vez que a partir deles foi possível aprovar o uso emergencial em mais de 50 mil pessoas na China e a realização do estudo de fase 3 no Brasil.

Coordenado pelo Instituto Butantan no país, os testes envolvem 13 mil profissionais de saúde em 16 centros de pesquisa de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal. Até o momento, como parte dos testes, mais de 10 mil pessoas já receberam ao menos uma das duas doses da vacina ou placebo (substância sem composto ativo de imunização, com efeito prático, no máximo, psicológico).

Para determinar a eficácia da CoronaVac, o teste consiste em envolver 151 participantes que receberam as substâncias e, uma vez contaminados pelo novo coronavírus, compara-se quantos de cada grupo desenvolvem diagnóstico positivo de covid-19.

Correio Braziliense




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