Professora é vítima de sequestro na UFPB e obrigada a fazer saques em dinheiro Instituição pede reativação de posto policial

11/08/2023

Uma professora da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) foi vítima de um sequestro relâmpago no início da tarde de terça-feira (8), dentro do Campus de João Pessoa. A docente Melânia Lopes, do Departamento de Engenharia Química do Centro de Tecnologia (CT), foi abordada  dentro das instalações da instituição e coagida a efetuar saques financeiros em favor do suspeito. O incidente foi confirmado pela UFPB, por meio de uma declaração emitida pelo reitor da universidade, Professor Valdiney Gouveia.
 
A própria instituição reconheceu que essa não é a primeira ocorrência desse tipo nas suas dependências. Segundo a nota, “quando a presente gestão assumiu (novembro de 2020) procurou o então Comandante (Cel. Euler Chaves) da Polícia Militar da Paraíba, solicitando a reativação do Posto Policial localizado entre o CCTA e o CCHLA. Naquele instante obteve como resposta uma negativa. Porém, este é mais um caso que reforça a necessidade daquele posto e, de fato, a UFPB reiterará o pedido, mostrando os riscos potenciais que a comunidade universitária pode enfrentar”.
 
De acordo com as informações da instituição, a vítima foi abordada por suspeitos no estacionamento do campus. Sob ameaça, a docente foi obrigada a conduzir até uma agência bancária para realizar um saque de sua conta bancária, e posteriormente, a dirigir para os suspeitos. Após o saque, o agressor ordenou que a professora parasse em uma localidade onde ele abandonou o veículo e fugiu.
 
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Em resposta a esse incidente, a UFPB lamentou a situação, expressou solidariedade à professora afetada e assegurou ter tomado providências relacionadas ao caso. Confira a íntegra da nota:

Em razão de especulações que pessoas estão fazendo sobre evento ocorrido na Universidade Federal da Paraíba, gostaria de apresentar alguns esclarecimentos à comunidade universitária.
 
Primeiramente, esclareço que recebi telefonema do Diretor do Centro de Tecnologia (CT) na tarde deste dia 08 de agosto, informando que uma de suas professoras tinha sido abordada por desconhecido na Universidade. Este a obrigou a entrar em seu próprio veículo, seguindo para uma agência bancária da capital a fim de sacar dinheiro. Naquele mesmo instante, manifestei ao Diretor nossa solidariedade à Professora, colocando-nos à disposição dela para o que estivesse ao alcance da Reitoria. Além disso, manifestei nosso empenho de seguir trabalhando em parceria com o Centro na busca de melhores condições de estudo e trabalho para todos.
 
Infelizmente, esta não foi a primeira vez que evento desse tipo aconteceu na instituição. Neste sentido, quando a presente gestão assumiu (novembro de 2020) procurou o então Comandante (Cel. Euler Chaves) da Polícia Militar da Paraíba, solicitando a reativação do Posto Policial localizado entre o CCTA e o CCHLA. Naquele instante obteve como resposta uma negativa. Porém, este é mais um caso que reforça a necessidade daquele posto e, de fato, a UFPB reiterará o pedido, mostrando os riscos potenciais que a comunidade universitária pode enfrentar.
 
Ressalto que estamos trabalhando em um termo de referência para licitar serviços de videomonitoramento, procurando dar mais segurança a membros da comunidade e visitantes da instituição. Recente foram adquiridos drones, que são uma ferramenta complementar para promover a segurança. Destaco, ainda, que a Superintendência de Tecnologia da Informação está trabalhando em aplicativo para celular que configurará mais uma ferramenta de proteção da comunidade. Estamos empenhados em uma licitação para um novo contrato de vigilância, incorporando maior efetivo, tomando em conta a previsão orçamentária.
 
Por fim, rogamos a cada membro da comunidade universitária que, percebendo eventos suspeitos, por favor, não hesite em contatar a segurança institucional no telefone/WhatsApp: 3216 7120 ou comunicando aos nossos seguranças terceirizados.
 
Prof. Valdiney Gouveia, Reitoria
Universidade Federal da Paraíba

A Direção do Centro de Tecnologia (CT) também lamentou a insegurança e cobrou medidas imediatas por parte da Reitoria. Confira:
 
Prezada Comunidade da UFPB,
 
Chegou ao conhecimento da Direção do Centro de Tecnologia (CT) de que a Prof.ª Melânia Lopes, lotada no Departamento de Engenharia Química (DEQ/CT), sofreu neste dia 08 de agosto de 2023, próximo às 12h, uma abordagem ao entrar no seu carro saindo de CT. Uma pessoa entrou no veículo e forçou-a a dirigir até uma agência bancária para sacar um valor em dinheiro. Após isso, Melânia foi forçada a dirigir até um local em que o sujeito solicitou parada e fugiu.
 
Diante dos fatos ocorridos, foi solicitado apoio da Superintendência de Segurança Institucional (SSI) da UFPB que comprometeu-se com um aumento da segurança no Centro de Tecnologia. Cabe-nos ressaltar que é notória a ausência de Agentes de Segurança em quantidade suficiente para as necessidades das áreas da UFPB, quaisquer que sejam os centros e os campi da instituição. Ressalta-se a urgência na solução destes problemas por parte da administração central, por meio da contratação de efetivo e da busca de soluções de tecnologia com uso de câmeras, controles de acesso e outras medidas pertinentes.
 
Outrossim, a SSI informa que todas as pessoas da comunidade podem registrar o número (83) 3216-7120 em suas agendas telefônicas de modo a ter um contato direto e via whatsapp para o caso de denúncias, reclamações e sugestões.
 
A Direção do CT manifesta total solidariedade com a Prof.ª Melânia Lopes, destacando nosso alívio de que não tenha havido nenhum ferimento ou algo ainda mais sério à sua integridade física. Destacamos a altíssima gravidade dos fatos e que providências de investigação e punição devem ser realizadas juntos às instâncias competentes, internamente e externamente à UFPB. Toda a assistência que for dada à nossa colega não cobre os riscos enfrentados por ela.
 
Por essa razão, a UFPB precisa garantir a segurança de todas as pessoas que nela trabalham, sejam estudantes, docentes, técnicos administrativos ou mesmo visitantes. Mudanças precisam ocorrer para que não tenhamos novas acorrências tais como essas ou ainda mais graves.
 
Atenciosamente,
 
Prof. Marcel Gois
Diretor do CT

WScom



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