Mãe e padrasto são condenados por tortura e morte de criança em João Pessoa
30/05/2023
Crime aconteceu em março de 2022 no bairro Jardim Veneza. Réus irão cumprir sentença em regime fechado
A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba condenou a mãe e o padrasto pela tortura e morte de uma criança de 1 ano e três meses. A decisão, divulgada nesta segunda-feira (29), manteve a sentença da primeira instância. O crime aconteceu em março de 2022 no bairro Jardim Veneza, em João Pessoa.
O padrasto da criança, Thayson Ruan Cabral Soares foi condenado a 16 anos de reclusão e a mãe Caroline da Silva Medeiros a 14 anos e oito meses pelo crime de tortura qualificada, que causou a morte da criança. Os dois irão cumprir as penas, inicialmente, em regime fechado.
A decisão da Câmara Criminal foi unânime e seguiu o parecer do Ministério Público e não existe possibilidade de recurso. O relator foi o desembargador Márcio Murilo da Cunha Ramos, seguindo a decisão inicial do juiz Geraldo Emílio Porto.
Na denúncia consta que Thayson Ruan submeteu o enteado, por “emprego de violência" , a "desnecessário sofrimento físico e mental”, e Caroline, mãe e responsável pelo menor, estava presente no local da tortura e não impediu o ato ou acionou o socorro.
De acordo com o juiz, a vítima sofreu vários episódios de violência já que as marcas eram de dias diferentes. "Constatando-se que a criança era constantemente agredida pelos acusados o que levou o perito a concluir que se tratava de pessoa submetida a Síndrome da Criança Maltratada ou Síndrome de Bebê Espancado”, destacou Geraldo Emílio Porto.
Relembre o caso
Segundo Laércio Bragante, diretor da unidade, a criança já chegou com sinais de grave agressão e morte encefálica. Informou ainda que a criança tinha múltiplas lesões em várias parte corpo como no rosto, crânio e tórax. "Clássicas da criança agredida, da criança sacudida", disse.
No dia seguinte, 1º de maio, a mãe e padrasto da criança foram presos por suspeita de crime de tortura resultando na morte do bebê.
Após o crime, os outros dois filhos da suspeita, um de quatro anos e outro de quatro meses, foram retirados da comunidade onde moravam, pelo Conselho Tutelar, e levados para uma instituição de João Pessoa, onde estão acolhidos.
G1 PB
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