Caso Júlia: mãe diz que matou menina com dez facadas em momento de raiva do ex

27/10/2023

Ré confessa pela morte brutal da menina Júlia Cavalcante, de um ano, Eliane Nunes da Silva, mãe da vítima, detalhou à Polícia Civil como matou a filha na manhã de ontem (26) dentro do apartamento da família, em João Pessoa.

Ela passou por audiência de custódia, na manhã desta sexta-feira (27), no Fórum Criminal da Comarca de João Pessoa. A pedido do Ministério Público, a juíza Conceição de Lourdes Marsicano de Brito Cordeiro converteu o flagrante em preventiva e encaminhou a custodiada à Penitenciária Feminina Júlia Maranhão, no Bairro de Mangabeira, na Capital. 

Acompanhe o Bananeiras Online também pelo twitterfacebookinstagram youtube

Portal MaisPB teve acesso ao depoimento da acusada e passa a transcrever como a mulher agiu e assassinou a criança por motivo fútil.

Passava das 10h40 da manhã. Na Central de Polícia, no Bairro do Geisel, agentes se deparam com uma mulher ainda com sangue nas mãos afirmando que tinha acabado de cometer um crime. A vítima, a própria filha.

Surpresos, os agentes foram até a residência onde o fato teria acontecido. Chegando no quarto da garota, crueldade. O berço que deveria ser o local de tranquilidade, virou cena de terror para a pequena Júlia.

Antes de ser assassinada, Júlia estava brincando no corredor com outras crianças, como detalhou um dos vizinhos da família à Polícia. Ao ser interrogada pelos policiais, a mãe admitiu o crime. O motivo, segundo ela, após ter recebido uma mensagem do ex-companheiro terminando o relacionamento. Por isso, tinha ficado com raiva e acabou cometendo o assassinato.

Eliane afirmou aos agentes de investigação que usou uma faca peixeira. Com a arma, desferiu cerca de dez golpes enquanto a menina estava deitada no berço e acordada. Os ferimentos atingiram o abdômen, costas e pescoço.

Enquanto matava a filha, a mãe disse aos policiais que chorava. No depoimento, refutou a tese de “doença ou qualquer problema mental”. Afirmou que lembra de todo ocorrido e, por tanto, nas palavras dela, não houve surto psicótico.

Ao ser ouvido, o pai da menina Júlia disse que Eliane sempre demonstrou ter um temperamento forte, mas nunca imaginava que ela pudesse a chegar a matar a própria filha.

Delegado comenta caso 

Covardia, crueldade, malícia e maldade. Foram com essas palavras que o delegado Diego Garcia, responsável pelas investigações, descreveu a mãe que assassinou sua própria filha a facadas, em João Pessoa. Ele revelou ao programa Hora H, da Rede Mais Rádio, o quão “tranquila” a mulher de 27 anos estava após cometer o crime.

“Desde o primeiro momento, é estudado o comportamento dessa mulher. Nossos policiais notaram uma relativa tranquilidade para uma pessoa que cometeu tamanha atrocidade. E viram que ela estaria mais preocupada com o que poderia acontecer com ela mesmo do que ela tinha feito com a criança”, revelou o delegado Diego Garcia.

+Caso Júlia: o que a Polícia já sabe sobre o assassinato cometido pela mãe contra filha

O delegado afirmou que “o caráter criminoso” da acusada pode ser identificado a partir da consciência que ela tinha sobre o crime. A mãe explicou detalhadamente às autoridades policiais como utilizou a faca contra a filha e também toda a motivação que a levou a cometer o ato. Por essa razão, um surto psicótico ou qualquer transtorno foi descartado.

“A hipótese de surto, no meu humilde parecer, está totalmente descartado. Ela lembra detalhadamente de tudo que ocorreu, inclusive da motivação que levou ela a cometer esse ato. Então, uma pessoa sã, que, por pura covardia, crueldade malícia e maldade, resolveu tirar a vida de sua criança”, detalhou.

Por MaisPB




Outras Not?cias