Prefeito foge da Venezuela pela mata e denuncia dezenas de mortes

25/02/2019
Emilio González, prefeito de Gran Sabana, na Venezuela, acredita que os números de mortos e feridos vão subir à medida em que os corpos possam ser recolhidos. (Foto: Bruno Kelly/Reuters)
Emilio González, prefeito de Gran Sabana, na Venezuela, acredita que os números de mortos e feridos vão subir à medida em que os corpos possam ser recolhidos. (Foto: Bruno Kelly/Reuters)
O prefeito de Gran Sabana, cidade venezuelana a 15 quilômetros da fronteira com Brasil, Emilio González, denunciou 25 mortes em confrontos entre militares e milícias pró-governo do presidente Nicolás Maduro. González fugiu com sua comitiva para o Brasil, depois que civis de sua cidade foram atacados por militares. 
 

Até então, estavam confirmadas as mortes de dois indígenas na sexta-feira (22), pela Guarda Nacional Bolivariana, a 70 quilômetros da fronteira com o Brasil, e de outras quatro pessoas no sábado (23), por milícias chavistas, em Santa Elena.

Segundo "O Globo", com relatos de um enfermeiro venezuelano, até agora quatro mortos e 45 feridos a bala chegaram ao hospital de Santa Elena. A ONG Venezuela de Direitos Humanos Provea confirmou as quatro mortes em Santa Elena. 

Acompanhe o Bananeiras Online também pelo twitterfacebookinstagram e youtube

O prefeito relatou ainda que três mil militares e milicianos desembarcaram no sábado à tarde em Santa Elena, em oito comboios. Ele acredita que os números de mortos e feridos devem subir à medida em que a prefeitura consiga recolher os corpos, que, na maioria, estão localizados em regiões afastadas. Ao todo, 85 pessoas teriam ficado feridas.

Outro enfermeiro, Rack Ramsame, que trabalha no hospital Santa Elena, contou ao site que a unidade de saúde não tem medicamentos e conta apenas com uma ambulância. "Hoje eu fiz três viagens (para o Brasil) com feridos a bala." 

Oito pessoas, entre assessores e um grupo de escolta, caminharam por seis horas por trilhas abertas na selva para chegar ao Brasil. De acordo com o prefeito, a Guarda Nacional disparou contra a população civil, que protestava desarmada.

Uma mulher venezuelana disse ao "G1" que viu "muitas pessoas feridas e ouvíamos muitos barulhos de tiro". Segundo ela, a cidade amanheceu deserta e destruída no domingo (24).

 POR NOTÍCIAS AO MINUTO




Outras Not?cias