Coronavírus ficou mais perigoso com mutação e causa temor na Europa

30/10/2020
Uma variante do vírus, ainda mais infecciosa, é a responsável pela nova onda de casos de covid-19 no continente europeu. (Foto: Wolfgang Rattay/Reuters)
Uma variante do vírus, ainda mais infecciosa, é a responsável pela nova onda de casos de covid-19 no continente europeu. (Foto: Wolfgang Rattay/Reuters)

A nova onda de casos do novo coronavírus na Europa, que já força diversos países a adotarem regras de confinamento, está sendo causada por uma cepa mutante do vírus SARS-CoV-2. Essa cepa é mais infecciosa e foi rastreada até a Espanha, que recentemente atingiu 1 milhão de casos, esse espalhou por todo o continente durante o verão europeu.

A descoberta é de uma equipe de pesquisadores da Universidade de Basel, na Suíça, e da SeqCOVID, na Espanha. De acordo com o estudo, a variante do vírus, que não é mais e nem menos perigosa, foi identificada em 12 países do continente, assim como em Hong Kong e na Nova Zelândia. A propagação teve início na Europa durante o fim do mês de julho. 

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Segundo os pesquisadores, há centenas de variantes do vírus presentes na Europa. Mas esta variante, sob o nome de 20A.EU1, é uma das mais difundidas no continente. “Esta variante, 20A.EU1, e uma segunda variante 20A.EU2, (…) respondem pela maioria das sequências recentes na Europa”, disseram os cientistas.

Somente no Reino Unido, que deve ser o próximo país a adotar o lockdown, pelo menos 4 em cada 5 novos casos de covid-19 estão relacionados a esta variante.

A Europa tem sido o alvo desta mutação do coronavírus pela restrição de viagens para fora do continente durante a pandemia, o que é um problema principalmente pela falta de médicos. Em Hong Kong, por exemplo, estudos mostram que as novas infecções do coronavírus vieram de uma única variante do vírus SARS-CoV-2.

Apesar de não ser mais mortal do que o coronavírus original, por assim dizer, esta mutação tende a ser mais infecciosa, conforme apontam os números de novos casos da doença. Os pesquisadores, porém, afirmam que é “particularmente difícil” explicar porque esta variante está se espalhando tão rapidamente.

Por Rodrigo Loureiro - Exame.com




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