Como dois países que ninguém suspeitava estão vencendo o coronavírus

30/07/2020
Amâ, capital da Jordânia: país conseguiu manter o coronavírus sob controle, com apenas 11 mortos e menos de 1.200 casos da doença (Adam Pretty/Getty Images)
Amâ, capital da Jordânia: país conseguiu manter o coronavírus sob controle, com apenas 11 mortos e menos de 1.200 casos da doença (Adam Pretty/Getty Images)

Enquanto boa parte do mundo se vê às voltas com aumentos dos casos de coronavírus, dois países têm se destacado no combate à pandemia. Ambos estão em regiões em que a curva ascendente da doença não para de crescer e não dispõem de muitos recursos financeiros. A Jordânia, no Oriente Médio, e a Namíbia, na África, estão conseguindo manter a covid-19 sob controle por meio de um planejamento sério, desenvolvido em conjunto com especialistas, e medidas que incluíram até o fechamento de fronteiras.

Vizinha da Arábia Saudita, em que o número de casos da doença já passa de 268.000, a Jordânia tem sido considerada um exemplo invejável no combate à propagação do vírus. Até agora, o país registra 1.200 pacientes infectados, sendo que mais de 1.000 já se recuperaram, e 11 mortos. 

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Na Namíbia, que faz fronteira com a África do Sul, onde há mais de 450.000 casos de coronavírus, a situação também permanece sob controle. Menos de 2.000 pessoas contraíram o vírus no país e, até agora, foram registradas menos de dez mortes.

Esses bons resultados vêm se mantendo graças a medidas adotadas precocemente, antes que a pandemia se espalhasse pelo mundo. A Jordânia criou um comitê epidemiológico de combate à doença em janeiro, quando os primeiros casos de coronavírus foram reportados pela China.

O grupo de trabalho, formado por infectologistas, estabeleceu uma série de medidas para controlar o avanço da doença. Em março, todas as fronteiras do país foram fechadas. O comércio e os serviços também pararam de funcionar. O país também adotou a testagem em massa. A economia começou a ser reaberta gradualmente em maio. Até agora, o plano tem funcionado.

A Namíbia desenvolveu uma estratégia semelhante. As viagens internacionais e domésticas de passageiros foram suspensas em meados de março, quando o país tinha apenas dois casos de coronavírus, para evitar grandes deslocamentos e aglomerações de pessoas. As fronteiras também foram fechadas.

Outra medida importante foi a quarentena obrigatória. A fiscalização, feita por policiais, não foi tão difícil, já que o país possui uma das menores densidades do mundo, com apenas três habitantes por quilômetro quadrado. Mesmo assim, a população levou as regras a sério e respeitou as recomendações do governo.

As medidas de quarentena só começaram a ser relaxadas em maio. O governo continua acompanhamento atentamente os indicadores da doença dentro e fora do país – qualquer mudança negativa é avaliada por uma comissão de médicos e representantes do poder público.

Por Carla Aranha - Exame




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