Preço médio da gasolina supera R$ 6 há seis semanas, aponta ANP

17/10/2021
Valor passa de R$ 6 em 19 das 27 unidades da federação; o combustível mais caro está no RJ; o mais barato é vendido no AP
Valor passa de R$ 6 em 19 das 27 unidades da federação; o combustível mais caro está no RJ; o mais barato é vendido no AP
preço do litro da gasolina comum no Brasil está acima de R$ 6 há seis semanas, aponta a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Em média, o litro do combustível no país é vendido a R$ 6,117. Em 19 das 27 unidades da federação, o produto era comercializado por mais de R$ 6 entre 3 e 9 de outubro, período do levantamento mais recente do órgão.
 
A gasolina mais cara do Brasil está no Rio de Janeiro, onde o litro é vendido pelo preço médio de R$ 6,764. Em segundo lugar aparece o Piauí, com o combustível custando R$ 6,733 o litro, em média. O Rio Grande do Norte vem a seguir (R$ 6,675 o litro).
 
O Amapá é o estado com o menor preço médio do combustível no país, com o litro vendido a R$ 5,350. Em Roraima, esse valor é de R$ 5,743. São Paulo tem o terceiro menor preço (R$ 5,808). As outras cinco unidades da federação com valor abaixo de R$ 6 são Santa Catarina (R$ 5,814), Paraná (R$ 5,941), Ceará (R$5,957), Paraíba (R$ 5,963) e Pernambuco (R$ 5,996).
 
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Em todas as regiões do Brasil, o preço da gasolina comum supera os R$ 6. O Centro-Oeste tem o maior valor médio, com R$ 6,282 o litro. Em segundo lugar está o Nordeste (R$ 6,118), seguido pelo Sudeste (R$ 6,109) e pelo Norte (R$ 6,080). O melhor preço é registrado no Sul, onde o litro da gasolina custa, em média, R$ 6,071.
 
Inflação
 
Medidas para barrar a alta dos combustíveis, que têm puxado a escalada da inflação no país, passaram a ocupar o topo de prioridades do governo federal. O presidente Jair Bolsonaro entrou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para obrigar o Congresso Nacional a editar em 120 dias uma lei com o objetivo de uniformizar as alíquotas praticadas pelos estados no ICMS dos produtos, parte dos fatores que, segundo o governo, justificam o aumento nos preços.
 
Câmara dos Deputados aprovou, na última quarta-feira (13), o texto-base do Projeto de Lei Complementar 11/20, que altera o modelo de incidência do ICMS sobre o preço dos combustíveis. A proposta será analisada pelo Senado.
 
Em 8 de outubro, a Petrobras anunciou um reajuste de 7,19% no preço médio de venda da gasolina, com o litro passando de R$ 2,78 para R$ 2,98. O valor representa uma alta de R$ 0,20 por litro nos postos.
 
Risco de faltar gasolina
 
O Sindicombustíveis-DF disse nesta sexta-feira (15) que existe risco de faltar gasolina no Distrito Federal e em outras unidades da federação. Segundo o presidente do sindicato, Paulo Tavares, apesar do aumento, ainda há defasagem nos preços praticados pela Petrobras. Ao R7, o dirigente declarou que existe em torno de 30% de risco de desabastecimento.
 
A defasagem é grande porque o governo está segurando os preços, apesar de não declarar. O governo mantém os preços atrelados ao dólar e ao [valor do] barril do petróleo. As importadoras em Goiânia e Brasília estão sem produtos. Elas passaram a fazer pedidos às refinarias da Petrobras e todas acabaram tendo cotas de litros cortadas”, afirmou Tavares.
 
R7



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