Uma reunião pela manhã entre a cúpula do governo e os cientistas que assessoram o governador João Doria (PSDB) vai definir a partir de quando a regra tem validade e como ficam as escolas. Há um entendimento de que atividades escolares em local aberto poderiam ter o uso da máscara suspenso. Mas o martelo será batido somente após este encontro. O decreto em vigor estabelece o uso de máscara até o dia 31 de março.
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O que motiva o governo de São Paulo a tomar tal atitude é a baixa nos casos graves e mortes decorrentes da covid-19. Com a vacinação mais avançada do país, o estado já imunizou com o esquema completo quase 90% da população com mais de 5 anos, em que a aplicação já é permitida. A taxa de internações em leitos de UTI, que preocupou no começo do ano com a variante ômicron, está em 37,6% em todo o estado.
Em entrevista exclusiva à EXAME no fim de fevereiro, o secretário da Saúde do estado, Jean Gorinchteyn, disse que o governo estava utilizando dados para definir as estratégias de combate à pandemia de covid-19, e que a liberação seria um caminho sem volta. “Estamos avaliando bem os números, para que no momento oportuno tomemos esta decisão, sem a necessidade de recuo”, afirmou.
A medida vem na esteira de outras cidades e estados que anunciaram o fim do uso obrigatório de máscaras. Na segunda-feira, 7, a cidade do Rio de Janeiro suspendeu a obrigatoriedade tanto em locais abertos quanto fechados, incluindo o transporte público. De acordo com o prefeito Eduardo Paes (PSD), a decisão foi baseada em um cenário melhor nos números da pandemia.
A cidade do Rio foi a primeira capital do país a retirar a obrigatoriedade do uso de máscaras. Santa Catarina já publicou um decreto desobrigando o uso do item, mas deixou a cargo das prefeituras seguirem ou não. O Distrito Federal já liberou a máscara apenas ao ar livre.
Há um consenso entre os especialistas em saúde pública de que neste momento há a possibilidade de retirar a obrigação de máscara em locais abertos, mas manter em locais fechados, como o transporte público. Eles ainda alertam que os números decorrentes de aglomerações registradas no carnaval só serão percebidos na integralidade na próxima semana.
“Eu concordo com a flexibilização , mas deveria haver pelo menos uma indicação de que pessoas que são portadores de comorbidades, transplantados, obesos, idosos acima de 80 anos deveriam manter o uso de máscara por decisão própria”, opina Gonzalo Vecina, um dos maiores especialistas em saúde pública do país e fundador da Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Por Gilson Garrett Jr - Exame
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