Homem mais alto do Brasil garante cirurgia de amputação da perna e implantação de prótese

24/10/2021
Ninão, como o paraibano é conhecido, deixou de andar e passou a conviver com dor há quatro anos e meio, quando foi diagnosticado com osteomielite
Ninão, como o paraibano é conhecido, deixou de andar e passou a conviver com dor há quatro anos e meio, quando foi diagnosticado com osteomielite
Depois de enfrentar inúmeros obstáculos por causa da estatura, Joelison Fernandes da Silva, de 36 anos, que é considerado o homem mais alto do Brasil, medindo 2,37 metros, conseguiu garantir a cirurgia necessária para amputar a perna direito, devido a uma infecção, e a implantação de uma prótese para conseguir voltar a danar. Ninão, como é popularmente conhecido, atualmente não consegue andar e nem ficar de pé por causa da infecção provocada pela osteomielite.
 
Pesando mais de 200 quilos, mesmo tendo se acostumado a fazer as atividades diárias com o suporte da cadeira de rodas, ele explicou que “a maior dificuldade agora é a locomoção por dentro da casa” onde mora, em Assunção, no Sertão da Paraíba.
 
Ninão foi diagnosticado com osteomielite há cerca de quatro anos e meio, mas já sofre com os sintomas da doença há aproximadamente uma década. A infecção, que pode ser causada por bactérias ou fungos, atinge o osso, tendo como um dos principais sintomas a dor. Em uma campanha na internet, ele conseguiu arrecadar R$ 149.322,47 para as cirurgias.
 
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Quando recebeu pela primeira vez a recomendação de amputação do membro, depois de mais de três meses internado, ele resolveu voltar para casa, em uma cadeira de rodas. O objetivo era a busca de outras opiniões médicas.
 
Mas, para a decepção dele, a reposta para uma melhor qualidade de vida é sempre a mesma: amputar. Por isso, junto com a família, ele optou pela cirurgia.
 
 

Dificuldade de locomoção impediu Ninão de trabalhar

 
Ninão também precisa de medicamentos para conter a infecção. Os gastos mensais com remédios são de aproximadamente R$ 500, quase metade da renda da família.
 
Desde que se locomove em uma cadeira de rodas, ele não consegue trabalhar, e lamenta pelas oportunidades perdidas. Antes da infecção, ele costumava fazer comerciais e era convidado para participar de eventos pelo país inteiro.
 
Atualmente, o paraibano mora com a esposa. A renda do casal corresponde a um salário mínimo, da aposentadoria que ele recebe desde 2012, e de alguns trabalhos de decoração que a companheira dele faz. As doações dos amigos também têm auxiliado.
 
 

Passei 21 anos da minha vida escondido num sítio porque tinha vergonha

O paraibano, natural de Taperoá, descobriu o gigantismo aos 14 anos, quanto media 1,95 metro. Teve a opção de fazer uma cirurgia para parar o crescimento, mas não fez por medo dos riscos do procedimento. Parou de crescer há quatro anos com a ajuda de remédios.
 
Antes de se tornar uma celebridade, Ninão tinha vergonha de todos os olhares de admiração voltados para ele.
 
Depois que ficou nacionalmente conhecido, ele conseguiu retomar os estudos e concluir o ensino médio. “Fui me acostumando com as pessoas”, finalizou.
 
G1 PB



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