Cientistas encontraram mais um ninho de ‘vespas assassinas’

25/11/2020
Vespas assassinas: responsáveis por mais de 30 mortes por ano no Japão (Elaine Thompson/Getty Images)
Vespas assassinas: responsáveis por mais de 30 mortes por ano no Japão (Elaine Thompson/Getty Images)
Em maio deste ano, “vespas gigantes assassinas” invadiram os Estados Unidos. Os insetos, que podem ser mortais, tem origem asiática e causaram temor. Meses se passaram sem grandes novidades em relação ao assunto. Agora, pesquisadores encontraram mais uma grande colônia (uma espécie de ninho) nos EUA. Apesar de assustador, isso é uma boa notícia.

 

Essa foi a primeira vez que um ninho vivo, que pode conter mais de 800 vespas, foi encontrado no país. A descoberta foi feita por uma equipe de entomologistas de Washington em uma pesquisa realizada na cidade de Blaine, quase na fronteira com o Canadá. O ninho, que já tinha mais 200 vespas-rainha, que podem criar outras colônias, foi destruído. 

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O mais importante é como que o achado não foi por acaso. Isso só foi possível graças uma nova técnica de rastreamento das vespas. Cientistas explicam que é impossível impedir a propagação dos insetos apenas eliminando as vespas “operárias”. É preciso encontrar as colmeias. O problema é que esta não é uma missão das mais fáceis.

vespas-assassinas Ninho foi encontrado na cidade de Blaine, próximo da fronteira com o Canadá

Ninho foi encontrado na cidade de Blaine, próximo da fronteira com o Canadá (Elaine Thompson/Getty Images)

Para resolver este problema, os entomologistas coletaram quatro vespas operárias vivas utilizando armadilhas, com iscas para atrair os insetos. Essas vespas foram equipas com rastreadores de radiofrequência e soltas. Elas retornaram até o ninho E, assim, foi possível descobrir a localização exata da colônia, instalada em uma árvore dentro de uma propriedade privada.

A descoberta de que a técnica de rastreamento realmente funciona vai ajudar os pesquisadores na busca por outras colmeias. Há registros de vespas em outras regiões da cidade de Blaine, e que possivelmente estão abrigadas em uma colônia diferente. As vespas já foram avistadas em outros cidades dos EUA e no Canadá. 

Também chamadas de vespas gigantes asiáticas ou vespas mandarinas, elas medem mais de 5 cm, matam 30 pessoas por ano no Japão e a picada já foi descrita por um apicultor como se “tachinhas em brasa perfurassem a pele”. Ele estava usando trajes de proteção quando foi atacado. As vespas foram vistas nos EUA pela primeira vez ainda em 2019. Não há registros no Brasil. 

Por Rodrigo Loureiro - Exame




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