Ambas as vacinas foram descritas como "muito promissoras" pelo ministro da Saúde e aguardam autorização para o seu uso em caráter urgente pela agência reguladora, que deve anunciar a sua decisão sobre estes pedidos no próximo domingo.
"Somos o país que mais imuniza no mundo, sempre fomos. Somos o país com o maior programa de imunização do mundo. (...) Não saímos do curso em um minuto", enfatizou Pazuello, que está em Manaus devido à situação de emergência que a cidade atravessa pela segunda vez em menos de dez meses devido à pandemia de covid-19.
Após a aprovação da Anvisa, o Ministério da Saúde brasileiro planeia iniciar a distribuição das doses da campanha nacional de vacinação contra a covid-19 em "três ou quatro dias", para que a imunização possa começar no próximo dia 20 de janeiro, segundo os cálculos mais "otimistas" do Governo.
Pazuello também destacou que Manaus é a "prioridade nacional" neste momento, embora não tenha deixado claro se a capital amazónica terá preferência no que diz respeito ao recebimento das vacinas.
"Ninguém vai receber a vacina antes de Manaus. A vacina será distribuída simultaneamente em todos os estados, na proporção da sua população. E Manaus também será prioridade", disse o ministro.
Com uma população de cerca de quatro milhões de habitantes, o estado do Amazonas acumula quase 6.000 mortes e mais de 215.000 infeções pela covid-19.
A cidade de Manaus já regista o seu maior índice de internamentos devido à doença desde o início da pandemia no país, em fevereiro passado.
Por isso, Pazuello garantiu hoje serão contratados 180 profissionais de saúde e que 150 camas de tratamento intensivo dentro de hospitais, que são usadas para atender pacientes em estado grave, deverão ser libertadas para pacientes na cidade, que já recebeu um reforço de 198 cilindros de oxigénio para abastecer respiradores.
A pandemia do novo coronavírus no Brasil já fez cerca de 205 mil mortos e 8,2 milhões de infetados, o que o torna no terceiro país do mundo com mais infeções, à frente da Rússia.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.963.557 mortos resultantes de mais de 91,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
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