Colunista Jofre Garcia



  • Conhecendo o Mestre

    11/11/2018

    “Mas, vós, continuou ele, quem dizeis que eu sou?”

      Mateus 16.15

     

                Não é possível palmilhar o cristianismo sem conhecimento! (Oséias 4.6; Mateus 22.29) Ao contrário do misticismo pagão que permeia sincreticamente o cristianismo, transformando-o em religiosidade relativa e transe espiritual, a mensagem de Cristo apela a nossa racionalidade emocional e instiga o nosso emocionalismo racional (Romanos 10.9-10; Romanos 12.1-2). O Reino de Deus se manifesta de forma provocativa a nossa mente, e não se trata de um mero conhecimento acadêmico, uma sequencia de técnicas empíricas aprendidas com o nosso desenvolvimento tecnológico, mas um conhecimento que se aprofunda cada dia mais e mais no Deus que executa a salvação por meio do Filho, Jesus!

                É certo que não podemos nem devemos ater a nossa fé apenas no Jesus histórico, matéria de análises antropológicas e pesquisas arqueológicas, um Jesus que serve como um marco divisor na linha do tempo nos livros de história. Esse tipo de conhecimento desconhece o poder de Deus.

                Mas, também, não podemos ter um cristianismo construído nos arroubos dos testemunhos fantásticos de experiências pessoais, pois dessa forma nossa fé é fragilizada e refém das crendices e superstições que a cada dia ganha proporções de verdade, mas na verdade é uma forma de cegueira espiritual que nos conduz a mais terrível das prisões: a espiritual (Lucas 4.18-19).

                O encontro com Cristo é transformador e mexe com todas as áreas de nosso ser. Ele age em nosso emocional (João 14.1), Ele atua em nosso processo de conceber fé (Marcos 11.20-26), Ele realiza o anseio pelo qual os racionais desesperadamente buscam (João 8.32,36). Além de interferir beneficamente, e em muitos casos fora de nossa lógica na restauração do corpo (João 5.8-9).

                No entanto, encontrar Jesus é encontrar A Verdade, O Conhecimento, A vida, O Caminho. E, esse encontro não paralisa nossa mente, não cauteriza a ignorância, nem banaliza o espiritual, pois é o próprio Cristo quem assevera aos seus para que tenham um real conhecimento de quem Ele é, através da exposição sobre si mesmo através da sua Palavra, e recrimina quem lendo não o reconheça (Mateus 16.13-17; Lucas 24.25-27).

                Não existe seguidor de Cristo que não saiba a quem está seguindo! O cristianismo não é religião alienante, que cria fantoches e marionetes, mas é a liberdade de saber quem é o Mestre que nos chama, nos salva e nos guia (João 4.22; João 8.12), e esse conhecimento está acessível para sábios e simples, e por ele os simples tornam-se sábios, e os sábios são confundidos.

                Em Cristo, na Fé e no Caminho.   

     

    Jofre Garcia Luna 

    Bacharel em Teologia Sistemática - FATEN (Faculdade Integrada de Teologia) 
    Pós-Graduação em Ciência da Religião - FATEN