Colunista Manoel Luiz
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Igreja de Bananeiras nos seus 180 anos
10/09/2015A Igreja Católica em Bananeiras este ano está comemorando 180 anos de vida em missão. De um pequeno nicho de pau a pique, palhas e barro, que servia de abrigo, para a imagem de N. S. do Livramento, instalado nas terras do contrafortes da Serra da Cupaóba, se tornou num imenso monumento guardando a sua história que se confunde com a fundação do arraial, depois Vila de Bananeiras.
A iniciativa partiu do caçador Gregório Soares, para livrar-se das mãos ferrenhas dos nativos, recorreu à Virgem que o salvara de ser degustado pelos indígenas. Depois de concretizar o seu apelo, realizou o que prometera e construiu a pequena ermida, colocando a imagem naquele local e ao mesmo elegendo-a como padroeira desta terra.
Fundaram-se sesmarias, e Gregório apossou-se de uma delas, para motivar mais o seu amor pela terra, realizando o seu sonho em detrimento ao que tinha alcançado. Cujas terras ficavam no entorno da Serra da Murissituba, partido do riacho de Bananeiras até parte dos tabuleiros. Posteriormente, antes de falecer doou essas terras à Padroeira, com documentos escriturados na Vila de Monte Mor.
A Capela veio a desaparecer pela ação do tempo, mas a iniciativa de instituir a Vigem do Livramento como nossa protetora perdura sempre, outras capela foram construídas sob a responsabilidade de outros sacerdotes. Até que nos idos de 1800 o Padre José Euphrosino de Maria Ramalho, com ajuda de outros admiradores, proprietários e o Poder Público, do Bispado de Olinda e Recife construíram a matriz para servir de ponto de adoração e guardar a imagem da Excelsa Padroeira de Bananeiras.
(Foto: Washington Cirne)
Manoel Luiz Silva – Escritor (Série Memória)