Colunista Desiane Gomes



  • O princípio

    09/09/2015

     A princípio, do que lembramos quando a ideia é remeter nossos pensamentos ao início? Um grande número de pessoas lembrará do livro bíblico Gênesis ou da teoria do Big Bang (a grande explosão). Alguns lembrarão de quando iniciaram a paquera com o seu grande amor ou ainda dos primeiros passos do seu primeiro filho. Outros poderão lembrar do mais importante instrumento constitucional no Estado Democrático de Direito, o princípio da legalidade.

    O princípio para você remete justamente ao principal, não é isso mesmo? Após esses questionamentos, observa-se que algumas pessoas pensaram nas coisas que foram citadas e outras pensaram em coisas que não imaginamos. Analisando esse ponto de partida, vários são os princípios que podem ser citados.

     Neste, destacaremos dois princípios que servem como norte para duas correntes de pensadores da humanidade, os que compõem a ciência e a fé, ou seja, a grande explosão e o princípio bíblico.

    O princípio bíblico difere totalmente do científico. O primeiro livro que retrata o princípio é o Gênesis, onde Deus disse “haja luz e houve luz”, formando a terra e a vendo sem forma e vazia fez tudo o que nela existe e percebendo a necessidade fez do pó o homem e o tornou alma vivente e da sua costela fez a mulher. Esse pode ser considerado um dos livros de maior influência para os cristãos, bem como não revelar tamanha importância para a ciência.

    De acordo com a ciência, a teoria mais aceita sobre o início do universo é a da grande explosão, onde o físico Einstein e os astrônomos Hubble e Humason, demonstraram que o universo não é estático (parou nas palavras do Criador) e encontra-se em constante expansão, ou seja, as galáxias estão se afastando umas das outras. Segundo os físicos, o universo teria surgido após uma grande liberação de energia, criando o espaço-tempo, entre 10 e 20 bilhões de anos atrás.

    O que há de errado com esses princípios? Ambos estão corretos?

    Recorrendo aos questionamentos, podemos ligeiramente compreender que não importa qual dos princípios mencionados é o correto, todos são significativamente importantes para o público específico. Mencionamos com imensa veemência o nosso princípio predileto que até esquecemos que o princípio do próximo pode estar totalmente correto.

    O início de tudo é a essência, o fundamento do que se acredita com extrema convicção. Portanto, o máximo que o cientista ou o seguidor da fé pode fazer é refutar a ideia do seguidor de corrente contrária. O mais importante e necessário é que cada um valorize o princípio em que mais acredita, pois há quem diga que viver conforme a natureza das coisas é o princípio da sabedoria.

    Licenciada em Física pela Universidade Federal de Campina Grande (2011), atuou como Professora substituta no curso de Licenciatura em Física do Centro de Educação e Saúde na Universidade Federal de Campina Grande (2013), mestre em Física da Matéria Condensada com ênfase em Física Não-Linear na Universidade Federal de Campina Grande (2015) e Doutoranda em Física na Universidade Federal do Rio Grande Norte.