‘O plasma chegou e minha vida chegou junto’, diz enfermeira que saiu da UTI após tratamento na PB

05/06/2020
Larissa Targino saiu da UTI após tratamento com plasma em João Pessoa — Foto: Reprodução/TV Cabo Branco
Larissa Targino saiu da UTI após tratamento com plasma em João Pessoa — Foto: Reprodução/TV Cabo Branco

“O plasma chegou e minha vida chegou junto com ele”. A enfermeira Larissa Targino, de 37 anos, foi uma das pacientes tratadas a partir do plasma doado por pessoas recuperadas da Covid-19 que apresentou uma rápida recuperação em João Pessoa. Ainda internada em um hospital na capital paraibana, ela se considera um “milagre vivo” após ter uma grande melhora no seu quadro.

Em entrevista remota dada ao Bom Dia Paraíba, da TV Cabo Branco, Larissa Targino, que tem comorbidades e por isso se enquadra no grupo de risco, estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e segundo ela, recebeu o plasma de um paciente do Clementino Fraga faltando pouco tempo para expirar o período de tratamento terapêutico com o sangue das pessoas recuperadas. 

 

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“Quando eu estava na UTI, faltavam dois minutos para esgotar meu tempo pra usar o plasma. Quando o plasma chegou, minha vida chegou junto com ele. Só existam dois plasmas pra mim, um de João Pessoa e um de São Paulo, porque tem tempo pra fazer a reposição, não perder tempo era importante, então meu irmão mobilizou tudo, meu irmão foi o cara, e minha enfermeira, eu sou um verdadeiro milagre”, explicou.

 

A enfermeira explicou que havia retornado de São Paulo no período do início da pandemia na Paraíba. Ela relatou que apresentou alguns sintomas parecidos com os que ela sentiu da vez que foi internada, por isso acreditou que já teria pegado a Covid-19 e por isso estaria imune ao vírus.

“Eu tinha certeza de que eu já tinha tido, porque quando eu cheguei de São Paulo, eu tive uma coisa parecida com a que eu tive agora, só que mais leve. Na verdade colheram meu exame errado. Essa questão do exame é o ponto chave da Covid, é saber o tempo correto de fazer o exame”, relatou.

Larissa Targino comentou que o PCR, como é chamado tecnicamente o exame de sangue, é possível de identificar o vírus a partir do sexto dia dos sintomas até, vai muito da corrente de pensamento.

“Quando eu saí da enfermaria, eu não estava mais consciente.O meu desejo era de que minha mãe não aparecesse, meu terror era de que minha mãe chegasse na UTI, porque meus pais são médicos. Eu acho que fiquei louca, eu mudei, e de repente tudo aconteceu na minha vida”, contou.

A enfermeira segue internada em um hospital de João Pessoa, mas consciente, tanto da gravidade da doença, quanto do perigo que correu quando se descuidou nas medidas de prevenção na quarentena. Mais forte que busca de Larissa Targino pela vida por meio do tratamento do plasma, é a mensagem que ela deixou ao contar sua história. 

Do G1 PB




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