Especialistas alertam que exame de glicemia não é suficiente para descobrir diabetes

29/08/2018

Na avaliação de médicos especialistas, o Brasil está vivendo uma epidemia de diabetes. Doença que apresenta sinais de alarme, na forma mais grave (tipo 1), porém é silenciosa no tipo 2, podendo levar a complicações se não for devidamente tratada. Por isso, entidades que trabalham com auxílio aos pacientes estão se unindo em todo País para alertar a população sobre a necessidade monitorar os fatores de risco. Um dos alertas é sobre o teste de glicemia (exame de ponta de dedo) que não é suficiente para diagnosticar a doença. Entidades que promovem mutirões com esse teste, precisam oferecer, ao mesmo tempo, serviços adicionais para avaliar eventuais resultados alterados.

O teste de ponta de dedo, quando mostra alteração na taxa de glicemia, é apenas um indicativo de que o paciente pode ter diabetes. Mas até chegar no diagnóstico, é necessária uma avaliação detalhada. 
 
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“O ideal é que as ações que oferecem teste de glicemia tenham, senão um médico especialista, um educador de saúde, com capacitação em diabetes, para conversar com aquela pessoa que teve o resultado alterado. Ao saber da rotina daquela pessoa, inclusive os dias ou horas que antecederam o teste, esse profissional poderá solicitar um novo teste em outro momento, ou encaminhar o paciente para uma unidade de saúde, para fazer exames complementares”, explicou a endocrinologista Denise Franco, diretora de Educação da Associação Diabetes Brasil (ADJ), membro da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) e pesquisadora do Centro de Pesquisa Clínica (Cpclin-SP).

Sobre o serviço nas Unidades de Saúde da Família, Denise alertou para a necessidade de ter profissionais preparados para atender e acompanhar os pacientes com diabetes, diante da complexidade dos cuidados ao longo do tratamento, que podem necessitar de constantes adequações.

“As regiões Norte e Nordeste são as que têm os piores índices de controle da doença. Um paciente descompensado (glicemia desregulada) tem mais risco de infecções, vão demandar internações e mais gastos públicos”, afirmou.

Brasil. Um levantamento divulgado pela Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) mostra que o Brasil é o quarto país do mundo com maior número de pessoas com diabetes, sem diagnóstico da doença. No ano passado, a estimativa era que 13,4 milhões de brasileiros, na faixa etária de 20 a 79 anos, tinham a doença e metade não sabia que tinha. A projeção é que, em 2024, serão 24 milhões de diabéticos no Brasil.

Na Paraíba, o último levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), diz que, em 2014, cerca de 209 mil pessoas tinha diabetes. Este ano, de 1º de janeiro até a última sexta-feira (24), 807 pessoas morreram na Paraíba, vítimas de complicações decorrentes da diabetes.

ADJ oferece ajuda

As pessoas com diabetes que enfrentam algum tipo de dificuldade com o tratamento ou acesso a informações sobre a doença podem ser auxiliadas pela Associação Diabetes Brasil (ADJ). É uma entidade não governamental e sem fins lucrativos, criada em 1980, por pais de crianças e adolescentes com diabetes, que buscavam informações e apoio para lidar com o diagnóstico. Anos depois a instituição ganhou sede própria e começou a organizar plantões com profissionais em psicologia, assistência social, para acolhimento de portadores com dificuldade de adaptação e aceitação da doença, além de encaminhar a hospitais especializados os pacientes de baixa renda, que não podiam pagar consultas.

Em 1999 a ADJ passou a ser membro da International Diabetes Federation (IDF). Atualmente a associação tem mais de 18 mil pessoas cadastradas em todo país e oferece serviços em assessoria jurídica, atividades físicas, enfermagem, farmácia, nutrição, odontologia, psicologia, podologia, testes de glicemia e plantão tira dúvidas em nutrição.

Correio da Paraíba



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