Berg Lima foi preso em uma ação do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba (MPPB). Ele foi flagrado, em vídeo, recebendo R$ 3,5 mil de um empresário fornecedor da prefeitura de Bayeux. O pagamento seria para Berg liberar ao empresário o crédito de R$ 77 mil referente a um contrato celebrado na gestão anterior.
Logo após reassumir o cargo, Berg falou com a imprensa e afirmou que com o tempo deve recuperar a confiança da população.
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"A população vendo trabalho, vendo compromisso, vendo transparência. Mostrando a realidade, a população precisa saber a realidade. Para isso, vamos contar com uma equipe eficiente que possa fazer auditoria necessária, que possa retomar as contas do município, em parceria com os órgãos de controle", declarou.
"Temos que resgatar a credibilidade que nós tínhamos da gestão, onde pagávamos em dia, onde tínhamos compromisso realmente com as pessoas que precisam", disse.
Em novembro do ano passado Berg Lima foi solto após julgamento de um habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas continuou fora da administração municipal por conta de medidas cautelares.
Em 13 de dezembro deste ano, o STJ decidiu pelo retorno de Berg Lima ao cargo de prefeito, mas uma decisão da Justiça de Bayeux, que afastava Berg pela prática de improbidade administrativa, impedia que ele retomasse o cargo.
A ação de improbidade teve a sentença divulgada em setembro. Assim como o processo criminal, ela também tem como base o vídeo em que o prefeito aparece recebendo dinheiro. A decisão do juiz Francisco Antunes Batista, da 4ª Vara Mista de Bayeux, determinou a perda do mandato de Berg, mas a defesa está recorrendo.
Berg Lima foi gravado em um segundo vídeo entregue ao Ministério Público em outra suposta extorsão — Foto: Reprodução/TV Cabo Branco
Na decisão da terça-feira (18) que determinou a volta do prefeito de Bayeux ao cargo, o desembargador Marcos Cavalcanti esclareceu que o mérito do processo ainda deve ser julgado. As medidas cautelares que foram impostas pelo TJPB também foram suspensas.
Até esta quarta-feira, quem estava à frente da prefeitura de Bayeux de forma interina era o presidente da Câmara Municipal, Mauri Batista, conhecido como Noquinha. Ele assumiu depois que o vice-prefeito, Luiz Antônio - que assumiu com a saída de Berg, foi cassado pela Câmara após a divulgação de um vídeo em que aparecia pedindo dinheiro a um empresário para divulgar um vídeo que prejudicaria Berg Lima.
Do G1PB
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