Ministério Público denuncia Amadeu e mais 16 por manipulação em jogos de futebol na Paraíba

22/06/2018

 O Ministério Público da Paraíba (MPPB) denunciou 17 pessoas acusadas de integrar um esquema de manipulação de resultados no futebol profissional da Paraíba, desarticulado pela Operação Cartola, à 4ª Vara Criminal de João Pessoa. A manipulação beneficiaria dirigentes de times, funcionários da Federação Paraibana de Futebol (FPF), da Comissão Estadual de Árbitros de Futebol e do Tribunal de Justiça Desportiva de Futebol da Paraíba (TJDF). O Ministério Público também pugnou pela destituição de todos os réus que ocuparem cargos nas entidades, FPF, da Comissão de Árbitros e no TJDF.

As investigações começaram na Delegacia de Defraudações de João Pessoa, em um inquérito sobre supostos desvios de valores nas prestações de contas da FPF. De acordo com o Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), do MPPB, o controle e a manipulação de jogos e resultados se dava há pelo menos 10 anos por parte de dirigentes da FPF, de integrantes da Comissão de Árbitros, além da participação da presidência e da procuradoria do TJDF. Nesse período, várias denúncias foram arquivadas, sem que tivessem sido apuradas.

O objetivo principal da organização era obter vantagens econômica, política e associativa. As denúncias aos 17 acusados foram pelos crimes de organização criminosa, falsidade ideológica e crimes contra o futebol (Estatuto do Torcedor).

As investigações apontam que a organização criminosa se dividiu em núcleos (gestores/líderes; supervisores e logística), com atribuições distintas que, após praticar os crimes principais (a manipulação dos resultados das partidas de futebol), utilizavam-se de influência política e social, para praticar diversos outros delitos subsidiários, que eram imprescindíveis para o sucesso da empreitada criminosa, como a utilização de documentos falsos, a intimidação de testemunhas, a ocultação e destruição de provas, entre outros.

Segundo o MPPB, os resultados dessas ações geravam elevados desvios econômicos, prejuízos financeiros e prejuízos que também atingiam a esfera moral da sociedade, com o descrédito no futebol paraibano.

A manipulação dos resultados das partidas de futebol se dava por meio de fraudes nos sorteios dos árbitros escalados, direcionando os juízes que integravam a organização para atuarem nas partidas cujos resultados interessavam ao grupo criminoso. As fraudes também ocorriam durante a arbitragem dos jogos para beneficiar algumas equipes.

Confira a lista dos denunciados na Operação Cartola

  1. Amadeu Rodrigues da Silva Júnior
  2. Breno Morais Almeida
  3. Leonaldo dos Santos Silva
  4. Marinaldo Roberto de Barros
  5. José Renato Albuquerque Soares
  6. Severino José de Lemos
  7. Genildo Januário da Silva
  8. Adeilson Carmo Sales de Souza
  9. Antônio Carlos da Rocha
  10. Antônio Umbelino de Santana
  11. Eder Caxias Meneses
  12. Francisco de Assis da Costa Santiago
  13. João Bosco Sátiro da Nóbrega
  14. José Maria de Lucena Netto
  15. Tarcísio José de Souza
  16. Josiel Ferreira da Silva
  17. José Araújo da Penha

Portal do Litoral 



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