As investigações começaram na Delegacia de Defraudações de João Pessoa, em um inquérito sobre supostos desvios de valores nas prestações de contas da FPF. De acordo com o Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), do MPPB, o controle e a manipulação de jogos e resultados se dava há pelo menos 10 anos por parte de dirigentes da FPF, de integrantes da Comissão de Árbitros, além da participação da presidência e da procuradoria do TJDF. Nesse período, várias denúncias foram arquivadas, sem que tivessem sido apuradas.
O objetivo principal da organização era obter vantagens econômica, política e associativa. As denúncias aos 17 acusados foram pelos crimes de organização criminosa, falsidade ideológica e crimes contra o futebol (Estatuto do Torcedor).
As investigações apontam que a organização criminosa se dividiu em núcleos (gestores/líderes; supervisores e logística), com atribuições distintas que, após praticar os crimes principais (a manipulação dos resultados das partidas de futebol), utilizavam-se de influência política e social, para praticar diversos outros delitos subsidiários, que eram imprescindíveis para o sucesso da empreitada criminosa, como a utilização de documentos falsos, a intimidação de testemunhas, a ocultação e destruição de provas, entre outros.
Segundo o MPPB, os resultados dessas ações geravam elevados desvios econômicos, prejuízos financeiros e prejuízos que também atingiam a esfera moral da sociedade, com o descrédito no futebol paraibano.
A manipulação dos resultados das partidas de futebol se dava por meio de fraudes nos sorteios dos árbitros escalados, direcionando os juízes que integravam a organização para atuarem nas partidas cujos resultados interessavam ao grupo criminoso. As fraudes também ocorriam durante a arbitragem dos jogos para beneficiar algumas equipes.
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