Petrobras anuncia 6ª redução seguida na semana no preço da gasolina nas refinarias

13/11/2018
No acumulado no mês de novembro, redução chega a 10,8%. Preço para distribuidores cairá de R$ 1,6734 para R$ 1,6616 o litro a partir desta terça-feira. (Foto: Adriana Toffetti/A7 Press/Estadão Conteúdo)
No acumulado no mês de novembro, redução chega a 10,8%. Preço para distribuidores cairá de R$ 1,6734 para R$ 1,6616 o litro a partir desta terça-feira. (Foto: Adriana Toffetti/A7 Press/Estadão Conteúdo)

A Petrobras reduzirá o preço médio da gasolina nas refinarias em mais 0,7% a partir desta terça-feira (13). Com a alteração, o valor médio do combustível cairá de R$ 1,6734 para R$ 1,6616 o litro, o menor valor desde 10 de abril (R$ 1,6444).

Trata-se do 6º corte seguido no preço do combustível nas refinarias. Na sexta-feira (9), a empresa havia diminuído o preço do produto em 1,32%. No acumulado no mês de novembro, a redução do preço nas refinarias chega a 10,8%. 

 

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A redução acontece em meio a queda nos preços do petróleo nos mercados internacionais. Na sexta-feira, barril de Brent foi negociado abaixo dos US$ 70 pela primeira vez desde o começo de abril. 


O repasse dos reajustes da Petrobras nas refinarias aos consumidores depende dos distribuidores – ou seja, fica a cargo dos postos repassar ou não a baixa do preço da gasolina ao consumidor final.

Em 30 dias, a redução do preço da gasolina nas refinarias chega a 24%, mas nas bombas o valor ainda recuou pouco.

Na semana passada, o valor médio para o consumidor final caiu 1,08%, de R$ 4,709 para R$ 4,658, segundo pesquisa da Agência Nacional do Petróleo, do Gás Natural e dos Biocombustíveis (ANP). Segundo o levantamento semanal de preços, o valor médio para o consumidor final foi de R$ 4,709 para R$ 4,658 – o que representa um recuo de 1,08%. 


Em 2018, o valor médio da gasolina nas bombas acumula alta de 13,63%. A variação é maior que a inflação esperada para o ano todo, de 4,4% segundo o relatório Focus, do Banco Central. 


O preço médio do diesel, por sua vez, segue em R$ 2,1228, sustentado pelo programa de subsídios, lançado pelo governo em junho em resposta à histórica greve de caminhoneiros contra o alto preço do combustível.

A Petrobras adota novo formato na política de ajuste de preços de combustíveis desde 3 de julho do ano passado. Pela nova metodologia, os reajustes acontecem com maior periodicidade, inclusive diariamente, refletindo principalmente os preços internacionais e o câmbio.

Desde o início da nova metodologia, o preço da gasolina nas refinarias acumula alta de 26,61% e, o do diesel, valorização de 56,61%.

Os donos de postos argumentam que a significativa diferença entre o preço cobrado nas refinarias e nas bombas se deve aos custos de custos de distribuição, impostos elevados e margem de lucro dos postos.

 

Como é formado o preço da gasolina?

 

Os valores praticados pela Petrobras são aproximadamente um terço (30%) do preço pago pelo consumidor nos postos, conforme os cálculos da estatal, que levam em conta a coleta de preços entre os dias 28 de outubro e 3 de novembro em 13 regiões metropolitanas do país. 


Cerca de 44% são tributos, sendo 29% ICMS, recolhido pelos Estados, e 15% Cide e PIS/Cofins, de competência da União.


Os tributos federais são cobrados como um valor fixo por litro - o de Pis/Cofins, por exemplo, é de R$ 0,7925 por litro de gasolina; a Cide, de R$ 0,10 por litro. O ICMS, por sua vez, é um percentual sobre o preço de venda - ou seja, cada vez que ele sobe, os Estados recolhem mais impostos.

Do restante da composição do preço final, 12% é o custo do etanol, que, por lei, deve compor 27% da gasolina comum, e outros 14% corresponde aos custos e lucro dos distribuidores e postos de gasolina. Em maio, esta última fatia era de 12%, o que sugere um aumento nas margens de lucro destes agentes. 


Do G1




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