PCC planeja atacar fóruns de todo o país em busca de armas, afirma polícia

27/07/2018
Nas conversas, os crimininosos falam que ordem foi dada pelos chefões do crime - Foto: Foto: Divulgação
Nas conversas, os crimininosos falam que ordem foi dada pelos chefões do crime - Foto: Foto: Divulgação

Com base em interceptações telefônicas, a Polícia Civil de São Paulo suspeita que integrantes da facção criminosa PCC estejam planejando uma série de ataques a fóruns do país em busca de armas guardadas pela Justiça.

Nas conversas monitoradas, os criminosos falam de ordem dada por chefões do crime para a realização de levantamento de fóruns em todo o território nacional que possam ter estoques de “ferramentas”, maneira como os criminosos chamam as armas. 

Tal orientação, segundo o relatório da polícia obtido pela reportagem, teria partido de Presidente Venceslau (interior de São Paulo) onde está presa a cúpula da facção, incluindo Marco Camacho, o Marcola, apontado pela polícia e pela Promotoria como o principal chefe do grupo. 

Acompanhe o Bananeiras Online também pelo twitterfacebookinstagram e youtube

 

A orientação dada aos subalternos é para que eles levantem informações sobre prédio e endereço e, em seguida, enviem fotos desses locais para auxiliá-los em futuras ações. “Tais informações irão subsidiar ações da facção que visam o roubo das armas em depósitos do Poder Judiciário em todo o Brasil”, diz trecho de documento. 

 

Como o PCC está em guerra declarada desde 2016 contra facções rivais, como o CV (Comando Vermelho), a polícia acredita que o armamento eventualmente roubado venha a ser utilizado para equipar integrantes nos estados. 

 

Um dos principais responsáveis pela cobrança do levantamento, segundo a polícia, era Wanderson Pessoa Lima, o Confusão, que aparece em ligações com comparsas de outros estados em que cobra agilidade na pesquisa. “Expliquei pros parcero lá, bati no salvero, bati na geral da capital, geral da rua, expliquei pros parcero que o trampo dos fórum é determinação, o barato tem que acontece, tá ligado meu?”, diz, em conversa com um homem de Roraima. 

Folha de São Paulo




Outras Not?cias