O objetivo é fomentar a discussão sobre o uso imoderado das novas tecnologias digitais, prática que tem preocupado diversos especialistas das áreas de saúde, educação e segurança. A campanha será realizada principalmente nas redes sociais, já a partir deste domingo (1º), e se encerra às 23h de sábado, véspera do “Dia D”.
Vídeos explicativos, postagens educativas, dicas do que fazer em um dia sem tecnologia e até memes serão usados nas ações. Bares, por exemplo, poderão fixar nas mesas um display para que os frequentadores depositem os celulares desligados. O material estará disponível no sítio eletrônico da campanha, que é o detoxdigital.mdh.gov.br.
“A ideia é que cada um fique sem internet quantas horas conseguir e depois vá para a internet, ao final da campanha, contar para a gente como foi a experiência. É isso mesmo, não queremos condenar o uso da tecnologia ou afastá-la do nosso dia-a-dia, pois ela veio para ficar. É para que as pessoas reflitam o quanto o uso excessivo afeta a vida pessoal, o convívio familiar e, a partir daí, façam o uso consciente dos eletrônicos”, explica a ministra Damares Alves.
*Dependência digital*
Uma pesquisa realizada pelo Ibope em fevereiro deste ano apurou que 52% dos brasileiros não conseguem ficar um dia inteiro longe do aparelho. Outros 16% apontaram que o uso do smartphone atrapalha no âmbito profissional; 16% dos internautas relatam que o relacionamento com a família é afetado; 12% se distraem com o aparelho enquanto dirigem; 9% disseram que a saúde é afetada; 8% veem o ambiente escolar influenciado; e 6% apontam que o telefone celular prejudica a vida sexual.
Uma outra pesquisa, realizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), apontou que no Brasil 88% das crianças de 9 a 17 anos acessam a internet todos os dias ou quase todos os dias. Ansiedade e depressão também estão na lista de possíveis doenças que podem ser agravadas pelo uso imoderado de tecnologias.
O psicólogo e Coordenador do grupo de dependências tecnológicas do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP), Cristiano Nabuco, explica que usar as novas tecnologias de maneira ilimitada e descontrolada pode acarretar danos à saúde física e mental.
“Poucos sabem que após três horas de uso de internet, o cérebro começa a desenvolver um quadro de depressão, perda de habilidade de relacionamento, motivação com a vida, diminuição da autoestima”, explica.
O especialista explica ainda que para as meninas o uso imoderado de redes sociais já representa um perigo real. “Meninas que usam redes sociais por mais de três horas por dia têm o aumento de cerca de 70% de chance de cometerem suicídio. Nós deixamos de ter a troca ‘olho no olho’ e isso começa a criar um problema bastante expressivo na vida das pessoas, uma vez que o cérebro é o responsável por regular o bem-estar pessoal através da sensação de apoio, carinho e afeto”, diz.
A secretária Nacional da Família, Angela Gandra Martins, diz que não é preciso muito esforço para perceber que a nossa rotina diária de vício no celular interfere em nossos relacionamentos. Para ela, somente com a conscientização sobre o uso excessivo é possível corrigir essa distorção.
“Por isso propomos esse dia de reflexão. É um dia para estar com a família, para começar novos projetos. Ou seja, para ver por quantas horas a gente consegue se desligar do mundo digital para nos ligarmos ao mundo real”, afirma secretária.
*Reconecte*
O Programa Reconecte temo propósito de “reconectar” as famílias e os relacionamentos sociais em geral, fazendo da tecnologia um meio facilitador desse propósito. Dessa forma, o programa propõe uma série de projetos agrupados em cinco eixos que são: Tecnologia e Dignidade Humana, Responsabilidade Digital, Tecnologia e Saúde, Segurança Digital e Cultura Digital. Tais iniciativas tem como fim o fortalecimento das relações sociais reais, em especial a Família, promovendo assim um uso dos recursos tecnológicos de maneira inteligente.
Os objetivos do programa são:
• Informar a respeito das novas práticas e das novas tendências virtuais do comportamento humano;
• Esclarecer a respeito do uso inadequado da tecnologia, assim como seus efeitos a curto, médio e longo prazo para a saúde mental;
• Informar sobre mecanismos de alerta, controle e regulação comportamental na família e sociedade;
• Abordar questões do apoio dos recursos tecnológicos em questões de educação e entretenimento saudável;
• Capacitar pais, professores, profissionais de saúde e a sociedade como um todo a respeito das melhores formar de utilização da tecnologia;
• Fomentar o uso dos recursos tecnológicos sob a ótica de uma responsabilidade social;
• Informar sobre os perigos da internet, apontando mecanismos de proteção de uso;
• Fomentar a tomada de consciência e uma melhor percepção da importância da família como o elemento gerador e protetor da saúde mental individual e social, através da regulação e da supervisão parental.
Bananeiras Online com Assessoria
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