Solanense estreia no Botafogo-RJ e vira destaque no jogo contra Atlético no Mineirão

06/12/2019
Luis Henrique foi o melhor jogador do Botafogo contra o Galo — Foto: Vitor Silva/Botafogo
Luis Henrique foi o melhor jogador do Botafogo contra o Galo — Foto: Vitor Silva/Botafogo
O Botafogo mais uma vez foi presa fácil no Campeonato Brasileiro. Chegou à 21ª derrota – são 13 no returno – com os 2 a 0 sofridos diante do Atlético-MG. Um rápido exemplo da fragilidade alvinegra é a discrepância no número de finalizações: 28 a 13 para o Galo.

Enfim, nova partida ruim, a maioria das apostas não deu certo, substituições erradas, e os experientes também não corresponderam. De positivo só o garoto Luis Henrique, que substituiu Valencia no segundo tempo.

O Alvinegro é o penúltimo colocado do returno. Perdeu 13 vezes, marcou apenas 12 gols em 18 jogos e só pontuou mais do que o Avaí: 15 a 6. Uma reta final incompatível com o apoio irrestrito que a torcida tem dado no Nilton Santos.

Ao lado do CSA, Botafogo é o segundo time com mais derrotas no Brasileirão 2019. São 21, sendo superado apenas pelo Avaí, que soma 23.

Primeiro tempo: início positivo, fim melancólico

O Botafogo começou relativamente bem, chegou a ter 60% de posse de bola, mas repetiu o problema crônico da equipe: criação zero. Sorte que o Galo pouco levava perigo também, mas começava a gostar do jogo.

Os donos da casa tinham em Otero sua figura mais perigosa. Deu dois chutes perigosos na etapa. No segundo, Gatito voou e colocou para escanteio. Na sequência, o Botafogo saía para o contra-ataque, e Rhuan tomou a pior das decisões. Tocou a bola no vazio, Guga disparou e entregou a Cazares, que cruzou para Jair abrir o placar.

Após o gol, o Botafogo já tinha a cara do time que fez péssimo returno. Acuado, pressionado e mais perto de sofrer o segundo do que fazer o primeiro. Foi para o intervalo com apenas 1 a 0 de desvantagem. No lucro.

Segundo tempo: Luís Henrique se escala para pegar o Ceará

No segundo tempo, o Galo foi melhor de novo e não fez muita força para fechar o placar. Bem superior. De interessante mesmo pelo lado botafoguense só a entrada do garoto Luis Henrique.

O paraibano de 17 anos, que completa 18 no próximo dia 14, mostrou força e personalidade. Em seu primeiro lance, saiu arrastando o adversário em direção ao gol e acabou parado com falta. Natural de Solânea, Luis Henrique é filho do ex-jogador do vila Branca Ronaldo e atualmente dono da Escolinha do Ronaldo.

Se Rhuan, outra esperança da base alvinegra, esteve muito apagado, Luis foi para cima. Finalizou duas vezes, primeiro pelo lado esquerdo e depois, no fim da partida, em ótima jogada individual pela ponta direita. Além disso, lutou, deu opção e buscou o jogo o tempo todo.

Luis Henrique vai para cima de Igor Rabello após passar por José Welison — Foto: Vitor Silva/Botafogo

Luis Henrique vai para cima de Igor Rabello após passar por José Welison — Foto: Vitor Silva/Botafogo

Além das boas participações do jovem, destaque apenas para uma finalização de Cícero que tirou casquinha da trave. Completou bom cruzamento de Luiz Fernando com chute seco, mas não teve sucesso.

A animadora atuação de Luis Henrique fez Alberto Valentim confirmá-lo como titular para o jogo contra o Ceará, domingo, às 16h, no Nilton Santos.

– Sempre falo que preciso, no fim de temporada, sem tempo de recuperação, ver quais jogadores estão bem fisicamente. Gostei muito do Luis Henrique durante o jogo. Garoto que entrou bem. Vai ter oportunidade para jogar essa partida. As outras duas vagas vamos estudar direitinho – disse o treinador.

O segundo gol atleticano deu-se aos 23 minutos. E que facilidade! Igor Rabello, Jair e Otero trocaram passes com muito espaço até Guga invadir a área. Na sequência, Marcinho e Marcelo bateram cabeça, e Luiz Fernando e Cícero não se entenderam na saída de bola.

Resultado: o Galo se reorganizou, e Jair, totalmente livre, cruzou. Luan também teve muita tranquilidade para passar nas costas de Lucas Barros e marcar.

Titulares tomam cartões evitáveis e não fazem a diferença

Cícero, de 35 anos, nem jogou tão mal. Manteve o hábito de acertar a maioria dos passes tentados (errou três de 35), foi o autor da finalização mais perigosa do time na partida, mas levou cartão amarelo evitável. Chegou duro demais em Luan, por baixo e por cima em jogada que ainda não era tão promissora.

Jogadores "pendurados" do Botafogo recebe cartão amarelo

Jogadores “pendurados” do Botafogo recebe cartão amarelo

Diego Souza, de 34 e menos participativo do que o volante, levou cartão amarelo após desentendimentos na área atleticana. Isso aos 43 minutos do segundo tempo, quando o jogo já estava resolvido. Pisou na bola.

Luiz Fernando, de 23 e bem mais novo que os outros dois, foi amarelado por cotovelada em Jair. É jovem, mas, diante de um elenco desmantelado no início da temporada, já é um dos mais cascudos.

Léo Valencia não tomou amarelo, mas também não aproveitou a chance dada por Alberto Valentim. Foi discretíssimo em campo e o líder em erros de passes no jogo (cinco).

 

 

FN com GE




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