Síndrome do pânico: mais de cem pessoas se afastaram do trabalho

25/02/2018

 A síndrome do pânico é um transtorno de ansiedade que se caracteriza pela ocorrência inesperada de sintomas como sensação de morte e de desmaio, falta de ar, tremores, taquicardia, palpitações com duração entre 10 e 30 minutos, etc. De acordo com informações da Seção de Saúde do Trabalhador, vinculada ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), doenças deste tipo são responsáveis por 126 concessões de auxílio doença no último ano, na Paraíba.

O departamento, que é responsável pelo serviço de perícia médica, ainda informou que, em 2018, já foram concedidos oito afastamentos até o momento. A população de qualquer idade ou sexo pode desenvolver a doença, porém, os sintomas predominam entre as mulheres e pessoas a partir dos 20 ou 30 anos.

“O paciente se afasta do trabalho quando os sintomas do pânico são suficientemente graves a ponto de trazer prejuízos na qualidade de vida e a repercutir na qualidade do trabalho”, explicou ao Portal MaisPB, o psiquiatra, Charles Lucena.

O especialista acrescentou que a sudorese, calafrios, a dificuldade respiratória de até meia hora também são comuns. O sintoma mais característico é o medo de ter uma nova crise e evitar lugares, geralmente públicos.

O tempo de afastamento está diretamente relacionado à melhora dos sintomas. No entanto, a busca pelo tratamento é necessária. O paciente será submetido a medicamentos, em especial os antidepressivos e a sessões de psicoterapia. A partir da resposta clinica, o médico informa que serão feitos os exames para saber se existe ou não a possibilidade de um retorno às atividades diárias.

Muitas vezes, a síndrome do pânico pode ser confundida com doenças como, por exemplo, a fobia. No entanto, o psiquiatra afirmou que a diferença é que os sintomas são inesperados e espontâneos e, não necessariamente tem um motivo para acontecer. Além disso, as situações que promovem o stress podem ajudar o transtorno a surgir.

“A doença não tem cura, visto que não há garantias de que os sintomas não possam retornar, mesmo após o tratamento. Porém, a maior parte dos pacientes melhora muito com o tratamento adequado e tem condições de retornar a vida normal”, concluiu o psiquiatra.

MaisPB




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