De acordo com a coordenadora da Gerência de Medicamentos e Assistência Farmacêutica (Gemaf) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Luciane Costa, o descarte indiscriminado de medicamentos, frascos ou seringas em lixo comum, seja vencido ou em desuso, gera um fator risco de prejuízo à saúde.
“Todas as farmácias da rede privada devem ter um dispositivo para descarte, a qual o cliente possa retornar e depositar sobras de medicamentos e frascos. Já na rede pública, o usuário pode depositar os itens nas farmácias polos das Unidades de Saúde da Família. O rejeite da forma adequada evita transtornos e prejuízos à saúde pública, o que é o mais importante”, destacou Luciane Costa.
Jogar remédios vencidos ou sobras no lixo comum traz inúmeros prejuízos ao meio ambiente e à saúde. Isso porque essas substâncias contaminam a água e o solo, podendo afetar peixes e outros organismos vivos, além de pessoas que bebem dessa água e consomem ou se alimentam desses animais. O procedimento também coloca em risco aqueles que entram em contato direto com o resíduo.
“Até no ambiente domiciliar é preciso ter cuidado com o armazenamento adequado dos medicamentos, de forma que fique longe do alcance de crianças e animais e, principalmente, se atentar aos prejuízos da automedicação”, explicou a coordenadora.
No caso de agulhas ou lancetas usadas no tratamento de diabetes ou outras doenças, a orientação é que sejam armazenadas em um recipiente rígido (garrafa pet ou lata, por exemplo), em seguida, devidamente lacrada, e entregue até a unidade básica de saúde mais próxima da casa ou de referência do usuário.
A lei municipal 12.949/2014 prevê que o remédio deve ser recolhido pelos respectivos fabricantes, importadores, distribuidores e fornecedores, que se responsabilizarão por lhes dá a destinação ambiental adequada.
Como esse tema trata da saúde e integridade do consumidor, a Secretaria Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor está realizando campanha educativa/preventiva de esclarecimento junto ao consumidor e ao fornecedor de bens e serviços para que tomem ciência da lei e passem a aplicá-la. Segundo alertou o secretário Helton Renê, é até uma questão sanitária com cunho coletivo.
“Essa campanha é importante para conscientizar as pessoas que remédios impróprios para o uso não devem ir para o lixo doméstico. Se o produto não é benéfico para sua família, certamente também é ruim para qualquer pessoa que tenha acesso ao seu descarte. Até porque, segundo estudos científicos, o antibiótico, por exemplo, altera o meio ambiente e pode, inclusive, infectar o lençol freático”, disse o titular do Procon-JP.
Portalcorreio
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