MPT pede nova investigação de casos de exploração sexual na Igreja Católica da Paraíba

20/02/2019

 O Ministério Público do Trabalho encaminhou um pedido formal ao Procurador Geral de Justiça da Paraíba solicitando a abertura da investigação criminal dos casos de exploração sexual envolvendo padres da igreja católica da Paraíba. Novos depoimentos surgiram em janeiro de 2019 e a Justiça do Trabalho condenou a Arquidiocese da Paraíba a pagar uma indenização de R$ 12 milhões por casos de exploração sexual contra menores de idade.
 

G1 entrou em contato por telefone com a Arquidiocese da Paraíba, mas as ligações não foram atendidas. Uma solicitação de nota foi enviada ao email da assessoria de imprensa e o G1 aguarda um retorno sobre um possível posicionamento.

Após a condenação, novos depoimentos sobre o caso surgiram e o Procurador do Trabalho, Eduardo Varandas, entendeu que há fatos novos e, por isso, os crimes devem ser investigados.

“Independente daquelas que compareceram voluntariamente ao Ministério Público, por conta da reportagem [do Fantástico] alguns depoimentos se referem a outras vítimas, essas vítimas serão intimadas, que pode fazer referencia a outros padres, então é um outro processo investigatório. Eu acho fundamental que a questão criminal seja apurada. A punição que houve foi em face da igreja de não tomar as providências cabíveis, mas as pessoas que praticaram o ato permanecem impunes”, destacou Eduardo Varandas.

O Ministério Público Estadual arquivou a investigação criminal em novembro de 2017 e considerou que os crimes já tinham sido prescrito, ou seja, pela lei, eram antigos, e não podiam mais ser julgados. De acordo com a homologação do arquivamento, os padres e o arcebispo eram acusados de manter relações sexuais com adolescentes menores de 14 anos. Conforme a publicação, as denúncias não foram confirmadas. Segundo detalhes passados pelo MPPB, o procedimento seguia em segredo de justiça pela vítima ser menor de idade na época em que foi aberto.

G1




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