Record é condenada a exibir programas de bruxaria em horário nobre

23/04/2018

Depois de 14 anos de batalha judicial, a Rede Record de Televisão perdeu um recurso na Justiça Federal de São Paulo e será obrigada a exibir 16 programas na TV em horário nobre feitos por entidade ligada ao candomblé e outras religiões afro-brasileiras. O juiz determinou que os programas serão veiculados durante 16 dias seguidos no horário nobre com três chamadas diárias. A gravação dos programas deverá ser feita nos estúdios na própria Record em São Paulo.
O processo movido pelo Ministério Público Federal atendeu a uma ação de 2004 da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão em São Paulo, juntamente com o Centro de Estudos das Relações de Trabalho e da Desigualdade (CEERT) e pelo Instituto Nacional de Tradição e Cultura Afro Brasileira (Intercab), que alegaram que as religiões afro-brasileiras “vêm sofrendo constantes agressões” em programas veiculados na Record, citando ofensas veiculadas no programa “Mistérios”, no quadro “Sessão de descarrego” e ainda no livro “Orixás, Caboclos e Guias, Deuses ou Demônios,” de Edir Macedo. Citaram também que a Constituição Federal proíbe o que chamaram de “demonização” de religiões por adeptos de outras crenças.
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Embora a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), que é dona da Record, tenha práticas ofensivas às outras igrejas evangélicas, pastores de outras denominações não têm processado a Record por “agressões.” Por exemplo, Macedo, que é o poderoso chefão da IURD, tem defendido descaradamente o aborto e dito que filhos são como ratos. Tais ideias são agressões violentas aos ensinos da Bíblia, que defende a vida e a família.
Se eu, como evangélico pró-vida, fosse seguir o exemplo dos pais-de-santo melindrados e ofendidos, eu entraria com um processo contra Macedo e IURD por suas agressões à concepção bíblica de vida e família. Essas agressões são constantes e sistemáticas, com a obsessão de Macedo propagar um falso “evangelho” de planejamento familiar que é essencialmente anti-bebês e anti-família.
Não apoio a IURD e sua “evangelho” pró-aborto.
Outras agressões da IURD miram cristãos pentecostais, renovados e neopentecostais que acreditam em profecias, revelações e outros dons sobrenaturais. Macedo crê e ensina que tais experiências não são para hoje, tachando-as de demoníacas. Sua visão cessacionista, que diz que não existe hoje nenhuma revelação fora da Bíblia, é semelhante às teologias cessacionistas de certas minorias igualmente extremistas entre evangélicos.
Os cristãos que acreditam e têm experiências de profecias e revelações deveriam processar a IURD por sua demonização desses dons e dos que os possuem hoje?
A IURD foi também uma das primeiras igrejas do Brasil a demonizar experiências como cair no Espírito, demonizando, por exemplo, a Vineyard Church (Igreja da Vinha) nos EUA desde a década de 1990 em seus programas. As igrejas demonizadas deveriam processar a IURD?
Nunca me passou pela cabeça processar a IURD por suas opiniões bizarras sobre aborto, planejamento familiar, filhos, profecias, revelações e cair no Espírito. Há uma liberdade de expressão que precisa ser respeitada.
Com relação às ultra-sensibilidades de adeptos do candomblé, o que eles julgam “agressões” estão presentes em grande parte dos Evangelhos como expulsões de demônios. Jesus passava grande parte de seu tempo pregando o Evangelho, curando os enfermos e expulsando demônios.
Pode-se questionar o modo como a IURD aplica expulsões ou até mesmo se são reais, mas nunca as expulsões bíblicas em si. Além disso, denúncia de bruxaria sempre foi parte do Cristianismo. A Bíblia possui várias orientações contra práticas ocultistas que são plenamente aceitas pelo candomblé e outras religiões.
Quando religiões adeptas de práticas de bruxaria precisam da força do Estado para coibir opiniões contrárias a essas práticas, o resultado é fascismo, nazismo e comunismo. É simplesmente ditadura.
Oponho-me a muitas ideias e práticas da IURD, mas não preciso do Estado para coibir a IURD. Minha oposição se reflete em meus argumentos e artigos. Se o candomblé precisa do Estado para coibir discordantes, é prova de que não possui argumentos bons e convincentes para defender suas práticas.
Se quiserem processar a IURD por defesa do aborto, há respaldo jurídico, pois a defesa do aborto é defesa de assassinato de bebês. Podem também processar a IURD por suas maracutaias financeiras com a Record. Mas processar por condenações de práticas de bruxaria sendo que a fonte de toda condenação à bruxaria é a própria Bíblia? O que as religiões afro-brasileiras vão fascistamente exigir em seguida? Proibição da Bíblia?
Se todos seguirem a reação melindrada e perturbada dos adeptos do candomblé, processos choverão de todos os lados contra tudo e contra todos. No final, vencerá quem tem mais proteção estatal. Isso é fascismo. Proteção estatal à bruxaria é puro fascismo.
Hoje, coíbem a IURD pró-aborto. Mas amanhã os adeptos do candomblé poderão se utilizar do mesmo fascismo para coibir igrejas pró-vida.
Com informações de CongressoEmFoco.
 



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