Presidente do PSL é alvo de buscas em investigação da PF sobre laranjas

16/10/2019
Luciano Bivar, presidente do PSL (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Luciano Bivar, presidente do PSL (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
A Polícia Federal foi às ruas na manhã desta terça-feira (15) para cumprir nove mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao presidente do PSL, Luciano Bivar, em investigação sobre suspeita de fraudes no uso de recursos do fundo partidário em candidaturas-laranja do partido do presidente Jair Bolsonaro.

A PF disse em nota oficial que a chamada Operação Guinhol investiga se representantes do partido político teriam ocultado, disfarçado e omitido movimentações de recursos financeiros oriundos do fundo partidário, especialmente os destinados às candidaturas de mulheres, em Pernambuco.

Uma fonte da PF com conhecimento da operação disse que o partido investigado é o PSL, e que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em Pernambuco expediu mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Bivar.

A operação ocorre no momento de disputa entre Jair Bolsonaro, que dá sinais de afastamento do partido ao qual aderiu em março de 2018, e Luciano Bivar, que controla a máquina partidária.

Na semana passada, Bolsonaro e mais 21 parlamentares enviaram um requerimento para Bivar solicitando uma auditoria nas contas públicas dos últimos cinco anos do partido.

No documento, os advogados Karina Kufa e Marcello Dias de Paula chamam de “precárias” as prestações de contas do partido. Dizem, ainda, que “a contumaz conduta pode ser interpretada como expediente para dificultar a análise e camuflar irregularidades”. (Leia a a representação na íntegra)

A ofensiva de parte dos membros do PSL vem na esteira das recentes investigações do Ministério Público e da Polícia Federal que acusam o partido de ter usado candidatas-laranja nas eleições. No começo do mês, o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, foi indiciado como autor do esquema em Minas Gerais, mas foi mantido no cargo pelo presidente.

Recentemente, um depoimento dado à PF e uma planilha revelados pela Folha de São Paulo sugerem que dinheiro do esquema de Minas Gerais foi desviado por caixa 2 às campanhas de Antônio e do presidente Bolsonaro.

Exame.com com agências




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